Adalberto Cavalcanti diz que funcionária falsificou seu nome e afirma: “tem dedo de alguém da região querendo me prejudicar”

Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra o deputado federal Adalberto Cavalcanti (Avante/PE) por empregar, durante nove meses, uma servidora fantasma em seu gabinete, o parlamentar disse no Programa Edenevaldo Alves na Petrolina FM, que o fato ocorreu em 2015 e que a mulher era amiga de um político da Bahia, e que a funcionária falsificou o seu nome.

“Quando disso, eu a exonerei imediatamente, pois não sabia de nada. Colocaram e mesma e tomei as providências, ele falsificou a minha assinatura, provado em laudo”, justificou Adalberto.

O deputado menciona ainda que a mesma funcionária fantasma promoveu o recebimento se seu próprio salário e que fez empréstimos de valores exorbitantes.

“Ela pegou um cartão e tomou três empréstimos de R$ 40 mil reais. Essa senhora estava com o nome no SPC, denunciou esse fato e foi orientada a procurar Rodrigo Janot. Na época o desembargador da segunda instância desconsiderou o fato pelo laudo que apresentei, eu não coloquei funcionária fantasma e coloco assessores onde eu quiser, mas todos sabem onde trabalham, fizeram isso para me prejudicar, isso foi resolvido em 2016, fizeram isso para me perseguir e desafio qualquer político dizer que eu recebi propina, mas tudo isso tem dedo de alguém da região”, concluiu o deputado.

A denúncia

No documento, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pede a decretação da perda do mandato do parlamentar, acusado de peculato. Além disso, requer a reparação do prejuízo causado aos cofres públicos e indenização por danos morais no dobro do valor desviado em razão do abalo à credibilidade das instituições. O esquema ocorreu de dezembro de 2015 a agosto de 2016, com auxílio dos assessores do deputado Sônia Maria de Souza e João Wellington Pereira, à época, casados.

De acordo com investigações, a secretária parlamentar Sônia Martins solicitou documentos a uma funcionária que trabalhava na chácara de seu cônjuge e pediu que ela assinasse procurações em seu nome para a abertura de três contas em bancos diferentes. Como justificativa, informou que o deputado pagaria aos servidores, e aos funcionários deles, auxílio de R$ 500, mas que não sabia dizer em qual banco o benefício seria depositado. A vítima somente passou a receber o valor prometido depois de ter cobrado a quantia da secretária parlamentar.

Apesar de ter conhecimento de que a funcionária nunca tinha trabalhado em seu gabinete, o deputado Adalberto Cavalcanti alterou por duas vezes o nível remuneratório da servidora: em fevereiro e em maio de 2016. Para dar aparência de regularidade ao esquema, a secretária Sônia Martins atestava a frequência da suposta servidora no sistema da Câmara dos Deputados, inserindo dados falsos.

A vítima só soube da fraude em agosto de 2016, quando teve seu nome negativado no cadastro do SPC/Serasa. Após tentar uma solução junto a Sônia Martins de Souza e João Wellington Pereira, acabou sendo demitida da chácara onde trabalhava e também foi exonerada pelo gabinete do parlamentar. Ao final do documento enviado ao STF, Raquel Dodge afirma serem gravíssimos os crimes cometidos porque contribuem “para o descrédito da Câmara dos Deputados perante a sociedade e próprio serviço público”.

1 Comentário

  1. Pensador

    19 de abril de 2018 em 11:16

    Meu Deus,, Quem diria? Adalberto com funcionario fantasma????? Isso só pode ser uma calunia!

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