Usuário de maconha terá aplicativo para monitorar danos causados pela droga

Embora vários estudos indiquem que o uso de maconha pode causar prejuízos à memória, à atenção e ao tempo de reação, cientistas têm encontrado dificuldades para avaliar esses danos a partir da observação direta de usuários. Para contornar o problema, um grupo de cientistas da Universidade de Chicago (Estados Unidos) desenvolveu o protótipo de um aplicativo que poderá ajudar os usuários a compreenderem, a partir de uma série de tarefas pelo celular, como o uso da droga os afeta.
O protótipo do aplicativo, batizado de “Am I Stoned” (“Estou chapado?”, em tradução livre) foi apresentado nesta terça-feira,  no encontro anual da Sociedade Americana de Farmacologia e Terapias Experimentais, em San Diego, nos Estados Unidos.
De acordo com o grupo de cientistas, liderado pela doutoranda Elisa Pabon, da Universidade de Chicago, a iniciativa tem um duplo objetivo: esclarecer aos usuários os danos causados pela maconha e reunir uma grande quantidade de dados científicos sobre os impactos da erva.
“Um dos objetivos de longo prazo do aplicativo é aumentar a segurança do uso de maconha, fazendo com que os usuários fiquem mais conscientes de seus danos. Coletando dados diretamente a partir dos usuários, o aplicativo também contribuirá para aumentar o conhecimento científico sobre os impactos da cannabis nos usuários”, disse Elisa.
Os cientistas pediram a 24 usuários saudáveis de cannabis que eles tomassem uma cápsula contendo um placebo ou contendo de 7,5 a 15 miligramas de tetrahidrocanabinol (THC), que é o princípio ativo da maconha. Inicialmente, nem os participantes nem os cientistas sabiam quem havia recebido o placebo ou o THC.
Em seguida, os participantes do estudo executaram diversas tarefas padronizadas baseadas em computador que já eram utilizadas para avaliar danos, além de outras tarefas com base em smartphones, que podiam ser utilizadas para avaliações fora do laboratório.
Em uma das tarefas, por exemplo, dois botões aparecem na tela do celular por 20 segundos e o usuário deve utilizar dois dedos da mesma mão para apertá-los alternadamente o mais rápido possível. Em outra das tarefas, uma sequência de nove florzinhas se acendem em ordem aleatória e o usuário deve tocar nelas na ordem em que se acenderam. Em um teste de tempo de reação, o usuário deve sacudir o celular no momento em que um ponto azul aparece no meio da tela. (AE).
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