Maio Amarelo: 75% das vítimas em acidentes de trânsito são homens

Para chamar atenção para os altos índices de acidentes e morte relacionados a acidentes terrestres, em especial de motos, os quais são muito recorrentes na região do Vale do São Francisco, o fisioterapeuta, responsável pela Unidade de Reabilitação do Hospital Universitário (HU),  Fabrício Olinda, reforça a importância da Campanha Maio Amarelo realizada durante todo o mês em Petrolina.

De acordo com Fabrício, há uma melhora relacionada as Campanhas, as quais tem aumentado a níveis de prevenção, mas no HU os números são cada vez maiores. Na unidade, o objetivo é conscientizar a população, fazendo com que a chegada desses pacientes diminua significativamente na unidade, por isso, o hospital também realiza a Campanha Maio Amarelo, com o tema ‘Minha escolha faz diferença no trânsito’, acreditando que partir do momento em que o cidadão opta por não seguir as normas de segurança do trânsito, está colocando sua vida e a de outras pessoas em risco. Alguns estudos já apontam que 1% a 3% dos custos relacionados a assistência oferecida ao pacientes vítimas de acidentes terrestres estão ligados ao PIB (Produto Interno Bruto) do país.

No HU os dados são alarmantes e o número de pacientes tem dobrado com o passar dos anos. Em 2015, a unidade atendeu 3.473 vítimas de acidentes, no ano passado o número saltou para 8.138 pessoas envolvidas em acidentes terrestres, e esse ano a unidade já registrou 2.427 atendimentos a pacientes de acidentes de trânsito.  Segundo o fisioterapeuta, no hospital uma média de 600 pacientes ao mês dão entrada na unidade vítimas de acidentes terrestres, onde 70% desses casos estão relacionados a acidente envolvendo moto.

Fabrício frisa que 52% dos acidentes ocorrem nos finais de semana, porém com os feriadões que se sucederam nos últimos dias a taxa de ocupação do HU aumentou e está em torno de 170%. Em março, a unidade bateu seu recorde de cirurgias, onde foram realizados 466 procedimentos cirúrgicos no mês. Desse número de vítimas, 75% são homens, que correspondem a faixa etária de 10 a 39 anos.

“É grande o número de pacientes jovens internados na UTI sem nível de consciência, com amputações de membros inferiores e superiores por conta de acidentes no trânsito, por isso é necessário conscientizar para os riscos, mas é preciso que haja fiscalização por parte dos órgãos competentes fazendo valer a lei de forma que o nosso código penal também seja levado a sério.”, finalizou Olinda.

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