Jornalista critica ataque a ‘figura de Cristo’ em peça teatral por Edenevaldo Alves Postado em 31 de julho de 2018 Em sua página no Facebook, a jornalista Vera Medeiros criticou a atitude do cantor Johnny Hooker em relação a peça “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu” em Garanhuns; Confira o texto na íntegra: “Jesus é trans, é bicha?” “São Jorge era uma guerreira biba romana, que só matou o dragão, porque este não aceitou zoofilia?” “oxum é prostituta de beira de rio e dá pra qualquer um?” “o santo daime é o mijo de satanás?” “Madalena era rapariga de Jesus?” “ A jurema é vômito do cão?” “A hóstia sagrada é uma vagina que os padres põem na boca dos fiéis?” “os apóstolos eram doze pênis ao redor da santa ceia?” “É verdade que iansã se converteu ao cristianismo e fez delação premiada de seus pares entregando-os como picaretas frutos de ataques psicóticos?” … Achou agressivo o que está escrito acima? Que parte? Alguma em particular? Ou tudo lhe parece absurdamente desrespeitoso? Peço desculpas sinceras aos que se sentiram ofendidos por tudo o que está reproduzido acima. De fato, é extremamente agressivo. E espero que você não seja seletivo/a em sua indignação, porque isso caracteriza a hipocrisia que temos visto ocorrer neste país. As pessoas que mais arrotam tolerância e que pedem ‘mais amor’ são as que disseminam o ódio e o desrespeito. O caso de Daniela Mercury no palco do FIG, em Garanhuns foi apenas uma mostra repugnante do que essa ambiguidade própria dos hipócritas representa. Atacar a figura de Cristo em nome de valores que ela decidiu acatar não parece ser um ato mais coerente para quem ‘prega’ a aceitação do diferente e da liberdade de expressão. O tal Johnny Hooker (confesso que sua insignificância artística ainda não me permitiu conhecer sua obra), que chamou Jesus de “bicha” parece ter encontrado no discurso de ódio a Cristo o mesmo caminho de busca de ascensão. Fato é que o desrespeito ao sagrado do outro precisa ser algo intolerado sem seletividade. Já se tornou lugar-comum discutir sobre isso, mas não se vê resultado prático; sobretudo, por parte dos que se nomeiam baluartes da igualdade de direitos e da tolerância ao diferente. Não aceito calada que ofendam aquilo que é sagrado para minha vida. Não aceite também.