Após denúncia do Ministério Público contra seis investigados por esquema criminoso, Detran-BA diz que acompanha investigações por Edenevaldo Alves Postado em 27 de julho de 2022 Após o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciar seis investigados por um esquema criminoso no Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran), o órgão se manifestou nesta terça-feira (26) e diz que tem acompanhado as investigações. Segundo o Dentran, integrantes da corregedoria do órgão participaram de todas as fases e acompanharam o desenvolvimento das investigações e a aceitação da denúncia pelo Judiciário. A denúncia foi recebida pela Justiça na sexta-feira (22), mas a informação foi divulgada pelo MP-BA no final da tarde desta segunda (25). Segundo o Gaeco, os denunciados se associaram para roubar veículos de locadoras e transferi-los para terceiros através de fraudes documentais efetivadas no Detran. A estimativa é de que as fraudes tenham causado um prejuízo de mais de R$ 721 mil. O Dentran disse ainda que os fatos investigados foram informados às autoridades competentes pela atual diretoria do órgão logo após conhecimento das irregularidades. O órgão ainda afirma que os servidores denunciados já foram exonerados. A denúncia, recebida pelo Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador, é um desdobramento da “Operação Fake Rent”, que estima um prejuízo superior a R$ 9,5 milhões com esse tipo de crime na Bahia. O MP-BA informou que foram denunciados: O suspeito de ser o principal articulador do esquema criminoso, recrutador de pessoas para figurarem formalmente como locatários de veículos e um dos chefes da associação criminosa; Dois despachantes que seriam responsáveis pela inserção de dados falsos nos sistemas informáticos, permitindo a consolidação das posses em nomes alheios; Um homem que atuaria em conjunto com os despachantes; Um suspeito que teria participado de transferência de veículo; Um servidor do Detran que teria recebido valores dos despachantes como forma de contraprestação por serviços indevidamente prestados. Segundo a denúncia, os crimes eram efetivados logo após a locação dos veículos. A organização utilizava documentos falsos, corrompia agentes públicos e inseria dados falsos no sistema informático do Detran. Em seguida, transferia a propriedade do automóvel para um dos integrantes do esquema.