‘Você brocha’ será um dos avisos diretos em nova embalagem de cigarro por Edenevaldo Alves Postado em 17 de dezembro de 2017 Você sofre, você envelhece, você prejudica, você infarta, você adoece, você brocha, você morre. Autoridades de saúde advertem: essa é a nova mensagem que virá em breve para você, fumante; ou a quem planeja começar a fumar. A mudança faz parte do novo modelo de advertência nos rótulos de cigarros e outros produtos derivados do tabaco no país. A previsão é que as embalagens atualizadas desses produtos já comecem a circular em maio de 2018, quando a resolução entra em vigor. As novas regras foram definidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que regula o setor, e publicadas na sexta-feira (15) no Diário Oficial da União. O novo modelo, no entanto, já era avaliado desde abril. Na prática, em vez do tradicional fundo preto que fica na parte de trás da embalagem, o consumidor deve se deparar agora com um fundo amarelo, com mensagens em letras pretas e vermelhas. O tipo de imagem e recado conjunto também muda. Em vez das palavras que representam o problema retratado, como “impotência”, o novo modelo traz um aviso: “Você brocha”, por exemplo. Em seguida, vem a mensagem: “Esse produto causa impotência sexual”. O objetivo é reforçar o alerta sobre os danos à saúde gerados pelo cigarro -cerca de 15% da população brasileira adulta é fumante, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE. Ao todo, a proposta é composta por nove novas imagens, as quais devem ocupar 100% da face oposta à frente da embalagem. Os temas das imagens são: câncer de boca, cegueira, envelhecimento, fumante passivo, impotência sexual, infarto, trombose e gangrena morte e parto prematuro. Os alertas laterais e na frente do rótulo, porém, também mudam -caso da inserção de um novo modelo gráfico para a mensagem de proibição da venda para menores de 18 anos, a qual deve ocorrer em fundo vermelho, e do alerta de “Perigo: produto tóxico”, que deve anteceder a mensagem que fica na lateral sobre a presença de substâncias tóxicas. Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, a ideia de novo modelo é trazer mais visibilidade aos alertas e uma comunicação mais direta com o consumidor, em uma tentativa de reduzir o consumo. (FolhaPress).