Varíola dos macacos: Anvisa elabora recomendações para unidades de saúde lidarem com possíveis casos suspeitos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) elaborou uma série de recomendações a serem adotadas nas unidades da saúde do país para lidar com casos suspeitos da chamada varíola dos macacos, a monkeypox.

A doença ainda não foi diagnosticada no Brasil, mas vem fazendo vítimas em diversos países, sobretudo da Europa, onde foram registradas 300 ocorrências só em maio. As orientações tem por objetivo prevenir e evitar a propagação da enfermidade no território nacional.

A lista de providência consta numa nota técnica publicada pela Anvisa na semana passada. O órgão pede o isolamento de pacientes suspeitos de infecção pela doença e uso de máscaras por quem teve contato com ele. No caso de profissionais de saúde, recomenda a adoção de Equipamento de Proteção Individual (EPI) completo para evitar exposição a sangue, fluidos e secreções corporais.

Além disso, a precaução também envolve a necessidade de higienização das mãos, de desinfecção de instrumentos médicos e limpeza de superfícies em ambiente hospitalar.

Caso haja um diagnóstico positivo, a orientação é rastrear e identificar as pessoas, incluindo trabalhadores, que estiveram com o paciente. Uma vez identificadas, elas devem ser monitoradas a cada 24 horas durante 21 dias com o objetivo de se verificar a presença de sintomas da varíola dos macacos.

“O rastreamento e identificação de contatos, educação sobre medidas de prevenção da transmissão dessa doença dentro dos serviços de saúde, bem como o seu controle são medidas fundamentais de saúde pública para controlar a propagação da Monkeypox. Além de permitir a interrupção da transmissão, também pode evitar que pessoas com maior risco desenvolvam doenças graves pela identificação precoce de sua exposição”, sustenta o documento.

Os sinais de alerta são dor de cabeça, febre, calafrios, dor de garganta e mal-estar, além de fadiga, lesões maculopapulares na pele, um tipo de erupção cutânea, e linfadenopatia, que é o aumento de tamanho de linfonodos no pescoço. A temperatura de pessoas que tiveram contato com pacientes infectados deve ser aferida duas vezes por dia.

O fechamento do diagnóstico, de acordo com a Anvisa, passa por excluir outras doenças, como catapora, sarampo, infecções bacterianas da pele, escabiose, sífilis e reações alérgicas. Como O Globo mostrou, não há medicamentos contra a doença disponíveis no Brasil. O tratamento consiste em acompanhamento permanente, atacando os sintomas, até que o corpo reaja até a cura.

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