Universidades Federais de Pernambuco precisam de R$ 437 milhões para não fechar ano no vermelho; Univasf na lista

Os representantes das Universidades Federais de Pernambuco revelaram detalhes da situação orçamentária para 2024. Para não fechar 2024 em déficit, é necessária uma recomposição de R$ 437 milhões – valor já corrigido pela inflação – até o fim do ano. No Brasil, como um todo, é preciso um aumento de R$ 2,5 bilhões.

Os valores levam em consideração a Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, comparadas com o investimento de 2014. Nesse recorte, um ponto relevante levantado foi a diminuição drástica de cerca de R$ 128 milhões no orçamento.

“É absolutamente necessária a recomposição. A gente precisa, nesse ano, em Pernambuco, de uma recomposição de R$ 437 milhões. No Brasil, são 2,5 bilhões para que o nosso orçamento fique na ordem de 8,5 bilhões. Isso seria o bastante para que terminássemos o ano bem e possibilitasse melhorias no nosso ensino e na nossa estrutura, que está muito deteriorada. Sofremos corre desde 2014 e isso se acentuou a partir de 2016. Precisamos enfatizar essa necessidade”, explicou o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes.

Na coletiva, além do representante da UFPE, estavam também os reitores Marcelo Carneiro (Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE), Telio Nobre (Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf) e Airon Aparecido (Universidade Federal do Agreste de Pernambuco – Ufape). Esta última instituição foi incorporada ao orçamento em 2019 e já se encontra em déficit.

“Todas as universidades têm um decréscimo nesse orçamento nesse período de 10 anos. Em 2014, era de R$ 399 milhões para financiar três universidades. Em 2024, com a quarta universidade criada, a Ufape, o orçamento apenas diminuiu e está na ordem de R$ 271 milhões. Isso reflete a queda no orçamento nos últimos 10 anos para as universidades federais, o que se reflete também para as estaduais”, completou o reitor da UFPE.]

Na última década, a UFPE sofreu uma diminuição de quase R$ 58 milhões, o que representa 27% do orçamento. Já a Univasf teve uma queda de R$ 22 milhões. A UFRPE foi a que mais sofreu. Foram diminuídos 61 milhões.

“A gente vem sofrendo um corte brutal. O orçamento teve uma queda violenta. Entre 2020 e 2021 fechamos com déficit. No ano passado, conseguimos uma recomposição e fechamos melhor. Neste ano, esperávamos outra recomposição, que não veio. Com isso, todas as 69 universidades poderão ter condições para sobreviver. É de grande necessidade porque, senão, teremos que fazer coletivas desse tipo todo ano”, começou o reitor da UFRPE, Marcelo Carneiro.

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