Temer aceita demissão de Yomura e Padilha assume Ministério do Trabalho

Depois de aceitar o pedido de demissão do ministro afastado do Trabalho, Helton Yomura, nesta quinta-feira, 5, o presidente Michel Temer decidiu que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, assumirá interinamente a pasta, acumulando as funções. A exoneração de Yomura e a nomeação de Padilha foram publicadas no início da noite desta quinta em edição extra do Diário Oficial da União.

Alvo da terceira fase da Operação Registro Espúrio, Yomura pediu demissão depois de ser afastado do cargo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Mensagens encontradas pela PF mostram, segundo os investigadores, que o agora ex-ministro teve “participação ativa” no esquema de corrupção que cobrava propinas na concessão de registros sindicais.

Com a nomeação do emedebista Eliseu Padilha para o cargo, o Ministério do Trabalho sai das mãos do PTB pela primeira vez durante o governo Temer. Antes de Helton Yomura, que assumiu o posto em dezembro de 2017, o cargo foi ocupado pelo deputado federal Ronaldo Nogueira (RS), que assumiu em maio de 2016. Nogueira deixou o governo para concorrer à reeleição à Câmara e foi sucedido por Yomura depois que o STF barrou a posse da deputada Cristiane Brasil (RJ), filha do presidente do PTB, Roberto Jefferson.

O pedido de demissão de Helton Yomura ocorreu em acordo com a cúpula do PTB. A avaliação de petebistas é de que seria “nobre” que ele formalizasse a sua saída da pasta. Jefferson e o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes, deixaram claro para o governo que o cargo estaria à disposição de Temer e que o presidente teria “total liberdade” para escolher o sucessor de Yomura, ou seja, alguém sem vínculo com a sigla.

Interlocutores do PTB avaliam que a legenda já deu a sua contribuição ao governo e não precisará mais se comprometer com ele no Congresso. Na próxima semana, o partido deve anunciar seu apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin.

Mais cedo, Jefferson postou no Twitter que a “Executiva Nacional do PTB coloca o Ministério do Trabalho à disposição do governo Michel Temer”. Alvo de outra fase da Operação Registro Espúrio, assim como Cristiane, ele admitiu que garantiu “apoio político” para que a legenda assumisse a pasta, mas negou participação em possíveis irregularidades.

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