Sudene quer fortalecer a malha aérea regional e incluir Petrolina (PE)

Apartir das explanações do Minfra, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste expôs suas sugestões para enfrentar os gargalos da aviação regional identificados em sua área de atuação. A proposta, segundo o superintendente da Sudene, general Araújo Lima, é ampliar a parceria entre as instituições do Governo e incentivar a “conjunção de ideias, ajustando nossos planos ao planejamento logístico do Nordeste”. Rubem de Paula, Coordenador da Secretaria Nacional de Aviação Civil do Minfra, abordou o PNL 2035, que se propõe a sistematizar e integrar todo o ciclo de planejamento de transportes em nível federal e contempla o planejamento estratégico integrado dos modos de transporte, subsidiando os planos táticos setoriais. O plano foca na competitividade, sustentabilidade, bem estar social, desenvolvimento regional e integração nacional, informou Rubem.

Antônio Oliveira, da Coordenação-Geral de Planejamento e Estudos da Secretaria Nacional de Aviação Civil do Minfra, trouxe informações referentes ao Plano Aeroviário Nacional (PAN) sob a visão do Nordeste. Um dos dados apresentados foi relativo ao crescimento de passageiros na aviação civil entre 2010 e 2019, que registrou um percentual de 38% para o Brasil. Entre as regiões, o Sudeste aparece em primeiro lugar (47%), seguido do Sul (40%), Nordeste (30%), Centro-Oeste (23%) e Norte (21%). Só em 2019, 29 aeroportos registraram movimentação acima de um milhão de passageiros, dos quais 10 estão localizados no Nordeste (Recife/PE, Salvador e Porto Seguro/BA, Fortaleza/CE, São Gonçalo do Amarante/RN, Maceió/AL, São Luís/MA, João Pessoa /PB, Teresina/PI e Aracaju/SE). Oito cidades do interior da região (de um total de 35 municípios do país) aparecem entre as que registraram movimentação de 100 mil a 1 milhão de passageiros – são elas Ilhéus e Vitória da Conquista (BA), Juazeiro e Jericoacoara (CE), Petrolina e Fernando de Noronha (PE), Campina Grande (PB), Imperatriz (MA). Cinco municípios da Bahia (Barreiras, Teixeira de Freitas, Una, Paulo Afonso e Valença) e um de Natal (Mossoró) registraram movimentação entre 10 mil e 100 mil. Eles abrigam seis de um total de 45 aeroportos com essa movimentação. O PAN tem o objetivo de nortear, orientar, integrar e induzir o Planejamento Estratégico da Infraestrutura Aeroportuária Pública de Interesse Nacional e visa ampliar a cobertura, acessibilidade, conectividade e eficiência.

A Sudene pretende fortalecer a aliança com o Minfra para incluir no planejamento da pasta ações que possibilitem o aumento na quantidade de voos entre as cidades da área de atuação da Autarquia, a redução no tempo de deslocamento e dos custos. O coordenador geral de Cooperação e Articulação de Políticas da Sudene, Renato Vaz, apresentou as propostas da Autarquia para o setor e afirmou que a aviação regional pode contribuir para universalizar o acesso ao transporte aéreo; ampliar oportunidades de negócios; viabilizar a ligação de cidades ou regiões com média e baixa densidade populacional aos principais centros econômicos; e trazer capilaridade e tráfego a destinos importantes para diversos segmentos econômicos, como o turismo. Segundo o coordenador, uma análise que utilizou como referência o ano de 2020 constatou uma baixa integração entre os aeroportos de capitais e os regionais no interior dos estados, ao levar em consideração as ligações aéreas e movimentação aérea de cargas por trecho e cidade, e as rotas por companhia aérea.

Outra deficiência identificada na análise é a existência de 20 aeroportos em municípios polo que não operam voos comerciais. Os municípios polo fazem parte da rede G52, criada pela Sudene, com o objetivo de reunir localidades que tenham condições de ampliar o alcance de políticas públicas e programas de governo. Eles “são, portanto, os municípios que podem interiorizar o desenvolvimento regional, funcionando como centros logísticos e pontos de entrada e saída de turistas nacionais e internacionais, em busca de oportunidades de negócios ou lazer”. Ampliar e requalificar a malha aérea por meio da adoção de novos modelos de negócio (combinação de transporte de cargas e passageiros) com foco nas cidades intermediárias faz parte das ações indicativas do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). O encontro contou com a participação de Aldo Dantas (assessor especial do MDR) e Wanderley Messias da Costa, consultor do MDR/PNUD.

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