Senado adia análise que pode reverter afastamento de Aécio

O Senado adiou para a próxima semana uma votação pode reverter o afastamento e o recolhimento noturno do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Inicialmente, estava prevista para esta quinta-feira (28) a revisão pelos senadores da decisão pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O caso deve ser levado ao plenário do Senado na próxima terça-feira (3).

Contudo, após novo embate entre o Judiciário e Legislativo, parlamentares decidiram deixar o caso para semana que vem. A estratégia é ganhar tempo para que a decisão desfavorável a Aécio possa ser revertida pelo plenário do próprio STF.
Na última terça-feira (26), a primeira turma do tribunal decidiu impor medidas cautelares a Aécio por três votos favoráveis e dois contrários. Cabe ainda recurso para que os onze ministros da Corte analisem o caso.

O julgamento gerou, inclusive, divergências entre os próprios magistrados. O ministro Gilmar Mendes defendeu que, pela gravidade do assunto, o caso deveria ser levado para o plenário do STF.

A decisão em adiar a votação foi tomada durante reunião de líderes realizada na manhã desta quinta. Ficou combinado com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que seria mais prudente esperar um posicionamento do plenário do Supremo.

Embora venha sendo pressionado pelos senadores a tomar uma postura de enfrentamento ao Supremo, Eunício tem evitado criar um embate com o Judiciário.
Na noite de quarta-feira (27), após ter sido notificado sobre a decisão contra Aécio, o peemedebista se reuniu com a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF.

Nesta quinta, Eunício chegou a abrir a sessão, mas apenas o plenário deliberou apenas um requerimento do líder do PSDB, Paulo Bauer (SC), foi votado. Ele pedia o adiamento do caso.

O líder da oposição, senador Humberto Costa (PT-PE), disse que o partido fará uma representação contra Aécio no Conselho de Ética da Casa. “Em razão de notícia de acordão, vamos apresentar o pedido de abertura para averiguação de quebra de decoro do senador Aécio Neves. Chegamos à conclusão que foi por omissão do Senado que o Supremo tomou essa decisão”, disse. (FolhaPress).

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