Segue a todo vapor a Mostra Biruta de Teatro, hoje é a vez de Lagoa Grande

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Depois de Orocó, Cia Biruta se apresenta hoje (23) em Lagoa Grande. A ação faz parte da ‘Mostra Biruta 8 anos’ e ainda seguirá para outras três comunidades, até o próximo domingo (29). Os experimentos cênicos ainda serão apresentados novamente  na Ilha do Massangano, em Petrolina-PE, no dia 25, e para Coripós, em Santa Maria da Boa Vista, no dia 28. Além de encerrar a mostra no CEU das Águas, no bairro Rio Corrente de Petrolina. A programação completa da ‘Mostra Biruta 8 anos’ ainda conta com outras atividades e pode ser acessada nas redes sociais da companhia (www.facebook.com/ciabiruta).

Durante o final de semana as apresentações teatrais foram no Território Quilombola Águas do Velho Chico, em Orocó-PE. O local de apresentação foi cedido por uma moradora que abrigou os artistas e o público em seu terreiro, na frente de uma casa rosada. O momento reuniu moradores das cinco comunidades que compõem o território e que viram pela primeira vez uma apresentação que represente suas tradições, como lembrou Alexandre Alves Pereira. Ele é integrante da comissão quilombola e diz ter se identificado com trabalho do grupo. “É a nossa cultura, é o nosso povo. Me tocou muito, entende? Porque eles, em curtos minutos, fizeram uma experiência como se eles já tivessem vivido aqui”, completa.

Sensação também compartilhada por Mª Senhora Gomes, mais conhecida pelo apelido carinhoso de Senhorinha na sua comunidade. Como coordenadora da Associação dos Moradores Quilombolas da Mata de São José, ela reconhece a importância de preservar as tradições e diz que as cenas mostram a realidade de seu povo. “Parecia que eles estavam morando na nossa comunidade, vivendo a nossa comunidade”, conta empolgada.

A noite não parou e os moradores se reuniram na escola da comunidade, apresentando trechos de suas manifestações tradicionais, momento em que a Biruta pôde viver um pouquinho mais o lugar. “O fazer teatral é na sua essência o encontro e, no caso do nosso grupo, é vital o encontro com o rio e nossa gente, com suas lutas, mistérios, encantos e tradições. Devolver a eles nossa vivência junto a suas histórias em forma de cena nos faz querer continuar vivos e enraizados no fazer teatral, na margem do nosso Rio São Francisco”, afirma Antônio Veronaldo, diretor da companhia.

 

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