Representações sociais realizam movimento Semiárido Vivo em ato histórico na região do São Francisco

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Nesta terça-feira (17), cerca de 15 mil pessoas de todo o Semiárido brasileiro participam de um ato público organizado pela Articulação do Semiárido (ASA) em defesa de políticas públicas voltadas para o nordeste.

A concentração teve início às 5h da manhã em frente a Concha Acústica de Petrolina e seguiu com a interdição da Ponte Presidente Dutra até a Orla de Juazeiro, onde diversos representantes de movimentos sociais realizaram discursos em defesa do semiárido.

arido2O evento defende a continuidade e ampliação das ações de Convivência com o Semiárido e pela urgência na revitalização do Rio São Francisco. Participam do movimento pessoas vindas do Piauí, Ceará, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Maranhão, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. A intenção é reafirmar junto ao governo e a sociedade a necessidade de manutenção e ampliação dos investimentos públicos nas ações de Convivência com o Semiárido, bem como programas sociais que vem contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida de milhares de famílias do Semiárido brasileiro.  Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Levante Popular da Juventude e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) também participam do gesto.

Décadas atrás a situação da seca no Semiárido brasileiro e a falta de políticas públicas de convivência eram os motivos de mortes de milhões de pessoas por sede e fome. No entanto, essa é hoje uma realidade distante. Com a contribuição de ações e programas sociais como o Água para Todos e o Bolsa Família, 40 milhões de pessoas saíram da miséria e da indigência e hoje a região é reconhecido por sua beleza, resiliência, alta capacidade de inovação e produção de conhecimento e alimentos.

arido3O ato reivindica a necessidade de recursos para a continuidade dessas políticas importantes para a convivência com a região semiárida, que estão ameaçadas por conta da crise econômica e política. São ações descentralizadas como a implementação de cisternas de placas para captação de água da chuva para consumo humano e para produção de alimentos, Bolsa Família, acesso a créditos, Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), Seguro Safra e o Bolsa Estiagem.

O ajuste fiscal do governo federal afetou de alguma forma os recursos destinados ao nordeste e uma carta a presidente Dilma será enviada através dos movimentos sociais logo após o ato público.

arido4“São 16 anos de luda no semiárido e de proposições de políticas públicas e esse é o momento de lembrar que estamos tendo um desaceleração do apoio no Programas de cisternas, entre outros e os recursos atualmente são menores e isso acaba prejudicando a população. Essas politicas contribuíram para que famílias saíssem da miséria e agora não podemos regredir. outra problema é a estiagem. São quatro anos em seca e não podemos mais suportar, o assunto precisa entrar no ajuste fiscal do governo de forma progressiva. O ajuste não pode mais prejudicar a quem teve sua vida marcada por direitos e conquistas, o povo do semiárido brasileiro”, ressalta uma das coordenadoras da ASA, representação do estado do Ceará, Cristina do Nascimento. 

 

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