Quebra-quebra entre policiais e manifestantes em Brasília; Ministérios são incendiados e depredados e governo evacua todos os prédios

Policiais e manifestantes entraram em confronto na tarde desta quarta-feira na Esplanada dos Ministérios. Mais de 25 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), estão no local para protestar contra as reformas propostas pelo governo federal e pedir a saída do presidente Michel Temer.

A confusão começou quando manifestantes que estavam próximos à Alameda das Bandeiras, em frente ao gramado do Congresso Nacional, derrubaram grades que isolavam o local. A polícia então respondeu lançando bombas de efeito moral e gás de pimenta no grupo. Em seguida, os participantes do protesto passaram a lançar pedaços de madeira, pedras, garrafas e outros objetos contra a polícia. Eles também gritam palavras de ordem contra a PM.

O clima no local é bastante tenso. O Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) e a cavalaria da PM agem para tentar controlar a confusão. Há registro de confrontos em ao menos três cordões de isolamento formados pela polícia. Os manifestantes derrubaram alguns banheiros químicos e se protegem atrás deles.

Ainda não há um registro oficial, mas a reportagem flagrou ao menos duas pessoas feridas e uma sendo detida. Mesmo com toda a situação, os organizadores da marcha que estão em um carro de som pedem que as pessoas continuem no local e gritam que a “PM não tem o direito de acabar com o protesto”.

Houve uma tentiva de invasão à sede do Ministério da Fazenda. Alguns vidros foram quebrados e o prédio precisou ser esvaziado. Contudo, a Força Nacional agiu antes que os manifestantes conseguissem entrar no local.

O deputado Givaldo Carimbão (PHS-AL), que participa do ato, definiu a confusão como “lamentável” e pediu que os manifestantes reagissem dizendo “Fora, Temer”. “Estou aqui solidário aos trabalhadores que vieram dizer que o presidente da República não tem mais condições de governar o Brasil”, afirmou.

Outro deputado, Vicente Paulo da Silva, conhecido como Vicentinho (PT-SP), afirmou que já participou de outras marchas e que os trabalhadores “nunca foram tratados assim”. “A sociedade está acompanhando, está vendo e vamos estar juntos até o fim”, disse. (Correio Braziliense).

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