Produção de etanol deve crescer 23% em Pernambuco

Prestes a iniciar a colheita e a moagem da cana-de-açúcar, o setor sucroenergético pernambucano espera aumentar seus níveis de produção nesta safra. A expectativa do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE) é ampliar em 23% a fabricação de etanol e em 10% a de açúcar. Afinal, condições climáticas favoráveis farão com que a safra 2018/2019 alcance 12,2 milhões de toneladas de cana, número que é 12% superior ao da safra passada e também deve elevar o número de postos de trabalho gerados pelo setor.

Segundo o Sindaçúcar-PE, 406 milhões de litros de etanol e 834 mil toneladas de açúcar devem ser produzidas no Estado na safra que começa neste mês de agosto e deve empregar cerca de 65 mil pessoas – número 10% superior ao do ano passado. Afinal, os efeitos da seca já começam a se dissipar nos canaviais do Estado, fazendo com que a produção da cana volte a crescer. “O regime de secas fez com que nossa produção caísse de 15 milhões para 10,9 milhões de toneladas de cana nos últimos cinco anos. Mas, agora, nós podemos voltar a crescer, chegando a 12,2 milhões de toneladas, já que o desenvolvimento das chuvas foi favorável neste ano. E, como a cana-de-açúcar é a matéria prima do etanol e do açúcar, também haverá uma alta na fabricação desses produtos”, explicou o presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha, lembrando que, na safra passada, o Estado colheu 10,9 milhões de toneladas de cana – montante que rendeu 324 milhões de litros de etanol e 750 mil toneladas de açúcar.

Com esse incremento, Pernambuco caminha na contramão do mercado sucroenergético brasileiro. Afinal, o Centro/Sul ainda tem sofrido com o clima seco e, por isso, deve ver sua produção encolher neste ano. O Estado só vai seguir, então, a tendência nacional de dedicar uma parte cada vez maior da sua colheita para a produção alcooleira. Segundo o Sindaçúcar-PE, apesar do seu histórico açucareiro, Pernambuco deve encaminhar 57% da sua cana para as usinas de etanol nesta safra – em 2017/2018, essa participação foi de 53%. “Temos buscado mais o etanol porque suas vendas têm sido mais rentáveis e mais rápidas, por conta da tendência de alta do consumo de biocombustíveis. Os canais de distribuição do açúcar, por sua vez, estão saturados, devido à alta produção de países como a Índia e a Tailândia”, justificou Cunha, dizendo que, mesmo assim, Pernambuco deve exportar 250 mil toneladas de açúcar nesta safra.

Fechado para comentários

Veja também

Prefeitura de Petrolina divulga resultado do Processo Seletivo na área do Social

A Prefeitura de Petrolina publicou no Diário Oficial da última terça-feira (30) o resultad…