Problemas técnicos continuam inviabilizando testes para reduzir vazão do São Francisco

Os testes que deveriam ser realizados a partir desta semana, para reduzir a vazão do rio São Francisco, nos reservatórios de Sobradinho, na Bahia, e de Xingó, entre os estados de Alagoas e Sergipe, continuam suspensos, por dificuldades técnicas. O anúncio foi feito no dia 22 de maio, durante mais uma reunião promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF) e transmitida por videoconferência para os estados da bacia. Com isso, a defluência atual, de 700 metros cúbicos por segundo (m³/s), continua sendo praticada, enquanto o novo patamar, de 650 m³/s não começa a vigorar.

O pacote de medidas proposto pela ANA para redução das vazões até o limite de 540 m³/s, que deveria ser discutido na videoconferência, acabou não acontecendo. O motivo está nas dúvidas existentes nos aspectos da operação e a falta de consenso quanto às formas operacionais. Do ponto de vista prático, a adoção das reduções cria problemas técnicos que não podem ser resolvidos imediatamente. Além disso, a maioria dos estados que participam da videoconferência limitou-se a admitir as medidas, sem maiores considerações.

A dificuldade técnica para início dos testes deverá se agravar ainda mais, pois já existem problemas nas turbinas geradoras de energia e o período de testes deverá ser ainda mais alongado. O pacote de medidas proposto pela ANA também foi apresentado na semana passada, durante a XXXII Plenária Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), em Recife (PE).

Apesar de ser um dos estados interessados na questão, a representação do governo de Alagoas não participou das discussões. Na próxima semana acontecerá nova reunião de avaliação das condições hidrológicas da bacia do São Francisco.

Fechado para comentários

Veja também

Coluna Literária do Domingo

Lá vai São Francisco pelo caminho de pé descalço. Tão pobrezinho, dormindo à noite junto a…