Polos de disseminação do Coronavírus são criados em centros regionais como Caruaru e Petrolina; Confira rota do avanço do vírus em Pernambuco

Com 8.863 infectados e 691 óbitos, Pernambuco é o terceiro estado do Brasil com mais casos de Covid-19, segundo balanço mais recente do Ministério da Saúde. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) nesta segunda-feira (4) mostra que a pandemia se consolidou em Pernambuco a partir da Região Metropolitana do Recife (RMR).

O painel da Fundaj, elaborado pelo seu Centro Integrado de Estudos Georreferenciados (Cieg), mostra o avanço da doença em Pernambuco. Os casos confirmados pularam de 90 para 6.860, representando um aumento de 7.623% em abril.

De início, a pandemia avançou no sentido Fernando de Noronha-Palmares e, no fim do mês de abril, o eixo foi reorientado no sentido Recife-Agreste, o que mostra um aumento dos casos em direção ao Interior do Estado. Os mapas mostram a mudança na orientação, que é representada pela elipse – forma geométrica que mostra o cálculo do eixo principal de disseminação dia a dia da doença em Pernambuco.

Há casos confirmados em 128 dos 185 municípios pernambucanos. “Nesse ritmo, nos próximos dias atingirá rapidamente 100% do Estado”, afirmou o pesquisador da Fundaj e coordenador responsável pelo painel, Neison Freire.

“No cenário atual, a pandemia encontrará áreas com alta vulnerabilidade social, em municípios pobres e com grandes parcelas da população tendo baixa renda, precariedade de acesso ao abastecimento de água e esgotamento sanitário – indicadores que são decisivos no combate a essa e outras doenças”, continuou Neison.

Segundo o estudo da Fundaj, a Covid-19 se espalhou por pequenas cidades do Sertão a partir das rodovias BR-323 e BR-101. Foram então criados polos de disseminação em centros regionais como Caruaru e Petrolina. O avanço da doença próximo a cidades do Agreste e do Litoral Norte de Alagoas fez o estado vizinho montar barreiras sanitárias em suas áreas de divisa com Pernambuco.

“Sua alta velocidade de contágio é compatível com as modernas atividades urbanas e o baixo isolamento social observado em várias cidades”, pontuou Neison. A Fundaj agora segue com a pesquisa para analisar a difusão da pandemia em Alagoas. O painel completo pode ser acessado neste link.  (Folha PE).

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