Polícia prende Demóstenes Meira, prefeito de Camaragibe

O prefeito de Camaragibe, Demóstenes e Silva Meira, é um dos cinco presos nesta quinta-feira (20) pela Polícia Civil de Pernambuco, na operação “Harpalo II”. A investigação começou em dezembro de 2018. A operação investiga práticas de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude em licitação.

No último dia 26 de março, a Polícia Civil havia deflagrado a primeira fase da operação. De acordo com a gerente de controle operacional da Diretoria de Polícia Especializada (Diresp) Poliane Farias, novas evidências fizeram com que a segunda fase da Harpalo fosse deflagrada e culminasse com as prisões desta quinta-feira.

Além do prefeito, foram cumpridos outros quatro mandados de prisão preventiva. Os outros presos são os empresários Severino Ramos da Silva, sua esposa Luciana Maria da Silva, Carlos Augusto e Joelma Soares (esposa de Carlos). Também foi emitido um mandado de afastamento cautelar para o prefeito; assim, mesmo que Meira seja solto, ele estará temporariamente afastado das atividades no executivo.

Demóstenes foi detido na sua residência, no bairro da Madalena. Os presos serão destinados ao Centro de Observação e Triagem Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. Luciana Maria da Silva e Joelma Soares serão levadas à Colônia Penal Feminina, no bairro da Iputinga, zona oeste do Recife.

Na primeira fase da operação, foram encontradas irregularidades nas contas referentes à manutenção de escolas da rede municipal e do prédio da Prefeitura e da limpeza urbana. De acordo com a Polícia Civil, o contrato referente à manutenção das escolas é de R$ 1,2 milhão, dos quais foram desviados cerca de 117 mil reais. As investigações evoluíram e foram encontrados mais contratos irregulares do ano de 2017.

Em março, a Polícia chegou a solicitar a prisão de Demóstenes. No entanto, o Tribunal de Justiça de Pernambuco negou o pedido. De acordo com a PCPE, o prefeito ainda teria ameaçado um vereador da cidade uma servidora pública que seriam testemunhas ligadas à Operação.

A Operação está sendo coordenada pela Diresp e supervisionada pela chefia de polícia. As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco – Dintel e pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro – Draco. Na execução, foram empregados 40 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.

Outros casos

No início do ano, áudios revelaram conversas de Demóstenes com funcionários da prefeitura. Nas conversas, o prefeito disse que todos os comissionados deveriam comparecer a um show da noiva dele, a cantora Taty Dantas, que também era secretária municipal de Assistência Social. (Folha PE).

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