Polícia faz reconstituição da morte de Marielle com testemunhas e tiros

Policiais civis e militares, além de homens do Exército participaram, na noite desta quinta-feira (10), da reconstituição da morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL). O crime completa dois meses na próxima segunda-feira (14).

A vereadora e o motorista Anderson Gomes foram mortos quando voltavam de um debate na Lapa, no centro do Rio, e iam em direção à Tijuca, zona norte. No caminho, no bairro do Estácio (centro), um carro emparelhou com o de Marielle e disparou. Ela morreu na hora com quatro tiros na cabeça.

Foi nesse trecho, na esquina das ruas João Paulo 1º e Joaquim Palhares, que policiais fizeram a reconstituição. Três ruas e um perímetro de cerca de 1 km foram fechados para o trânsito de veículos e pedestres.

Ao menos três testemunhas participaram da simulação, que contou também com disparos de munição letal. Dois tipos de armas foram disparadas para checar se as testemunhas reconheceram o som.

A polícia ainda não descobriu o tipo de arma usada no crime –se foi uma pistola ou uma submetralhadora, ambas calibre 9 mm. Apesar te terem o mesmo calibre, o som que cada arma faz é diferente.

Na esquina onde o carro da vereadora foi atingida, policiais colocaram sacos de areia para aparar as balas que foram disparadas. Um carro do tipo Gol, diferente do da vereadora, serviu de modelo para a simulação.

Às 22h30 os tiros ainda não haviam sido disparados, embora o horário original do crime tenha sido por volta das 21h40.

Homens do Exército deram apoio logístico, enquanto a Polícia Militar auxiliou na criação de um perímetro. O espaço aéreo foi fechado para evitar que helicópteros e drones sobrevoem o local.

Desde o início da manhã, lonas plásticas foram usadas nas cercanias do local do crime para preservar as testemunhas e evitar que imagens fossem capturadas pela imprensa e por curiosos.

O delegado titular da Delegacia de Homicídios do Rio, Giniton Lages, disse, em entrevista no local do crime, que a reconstituição simulada é uma forma de recolher possíveis provas para o inquérito, já que não há registro do homicídio capturado pelas câmeras de trânsito e de segurança da região.

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