Polícia abre inquérito para apurar ‘agulhadas’ no Carnaval

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) já instaurou inquérito policial para apurar a série de vítimas de “agulhadas” no Carnaval de Olinda e do Recife. A PCPE tomou por base informação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e da imprensa para apurar o suposto crime de exposição de risco à vida de outrem por transmissão de moléstia grave. Mais de 25 pessoas já procuraram unidades de saúde com relatos deste tipo de agressão.

As notícias de foliões furados por seringas em focos da festa começaram desde o Sábado de Zé Pereira, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Os técnicos que monitoram os registros da saúde por meio do software Ambiente de Monitoramento de Risco (Amber) perceberam um aumento de fluxo de pacientes no Hospital Correia Picanço (HCP), no Recife, com este tipo de ocorrência. A unidade é referência para doenças infectocontagiosas.

Em nota, a SES informou que todos os pacientes, admitidos no Correia Picanço passaram pela profilaxia pós-exposição (PeP), tratamento padrão usado na prevenção da infecção pelo HIV, e foram liberados após avaliação médica, com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento. O governo disse ainda que, segundo os relatos repassados pela maioria das vítimas, as autoridades policiais não chegaram a ser acionadas.

O crime de exposição de risco à vida de outrem por transmissão de moléstia grave tem pena de reclusão, em regime fechado, de até quatro anos, não descartando a hipótese do cometimento de crimes ainda mais graves.

Em nota, a Polícia Civil disse que “oficiará à direção do Hospital Correia Picanço, no sentido de identificar e tomar por termo as declarações das vítimas que se dirigiram aquela unidade especializada de saúde, vez que as mesmas não procuraram a Polícia para registrarem os fatos”. As vítimas podem comparecer voluntariamente para fazer Boletim de Ocorrência. (FolhaPE)

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