Petrolina (PE): “Estamos abertos a mudar o que for preciso”, diretoria do Crelps esclarece sobre interdição parcial da unidade

Nesta quarta-feira (6), representantes do Centro de Recuperação Evangélicos Livres para Servir (CRELPS) em Petrolina esclareceram a atual situação da unidade após a interdição parcial. A diretora, Neide Alves e a Assistente Social, Lusdênia Da Silva concederam entrevista ao programa Edenevaldo Alves, pela Rádio Petrolina FM.

A entidade já havia sido interditada parcialmente no dia 9 de agosto em razão de uma série de irregularidades e violações de direitos das internas. Em uma nova inspeção, realizada na última terça-feira (29), as 3ª e 4ª Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania de Petrolina, Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Polícia Civil e Secretarias Municipais de Saúde e de Assistência Social identificaram a persistência das práticas ilegais.

Atualmente, o Crelps atende 50 mulheres e 43 idosos, em duas unidades diferentes e separadas. O Centro, funciona há cerca de 16 anos e tem apenas um convênio com o município de Petrolina.

A diretora Neide explicou que no momento, a interdição é parcial, logo o Centro não está recebendo novas pessoas. “A última fiscalização que tivemos foi em setembro de 2022, pela Vigilância Estadual onde não fomos notificados por documento, fomos só aconselhados e a gente entendeu. De lá para cá não recebemos fiscalização estadual e a única coisa que fomos notificados, desta vez agora,  foi por causa de uma parede, um ralo e de uma cerâmica, então entendemos que estava tudo certo, quando foi na terça teve essa intervenção”.

“Em 2020 de fato nós funcionávamos toda a instituição com pessoas de faixa etária misturada, mas de lá para cá a gente vem fazendo mudanças. Nós temos como provar que as mudanças foram feitas nós mudamos de Centro de Recuperação para Comunidade Terapêutica como a lei manda, onde temos toda a equipe médica”, acrescentou Neide.

Benefícios assistenciais retidos

Sobre a declaração do Ministério Público de que as internas estariam com os benefícios retidos pelo Crelps, Neide rebateu: “Toda instituição de Petrolina onde o idoso está o benefício esta, eu não sabia que tinha que ter procuração, a única coisa que tinha era uma declaração e fomos orientados por uma equipe jurídica de que estava tudo legal. A gente tem buscado melhorias mas nós temos direito de defesa . Nós estamos há 16 anos em Petrolina trabalhando e resgatando vidas de pessoas que precisam se recuperar e têm direito de recuperação”.

Sem contato com o mundo exterior

Outra irregularidade apontada pela Justiça é a de que as internas estariam impedidas de ter contato com o mundo externo. A assistente social Lusdênia negou que isso aconteça.

“Isso não procede,  as meninas tinham ligações, as famílias são provas de que elas iam visitar, agora e as pessoas que não têm família ? A única coisa que a gente podia fazer era levar ao parque municipal, levar ao shopping, participar de atividades externas com a gente e encaminhar ao Creas, era o que a gente podia fazer. A nossa intenção não é ficar com a pessoa interna o resto da vida.  Estamos abertos a consertar o que deve se consertar”.

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