Petrolina (PE): Alunos exigem redução na mensalidade e Facape responde

Os alunos da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (FACAPE) enviaram nota  solicitando um desconto no valor integral da mensalidade durante o período de pandemia do coronavírus. Os discentes justificam que a instituição de ensino está com redução nas despesas e consideram a medida  ‘justa’ para não prejudicar os estudantes.

Em nota  a Assessoria de Comunicação da Facape respondeu e salientou que o desconto de mensalidade é uma prática difícil, uma vez que a instituição é  regida pela lei da Autarquia Municipal e não pode demitir  servidores  para reduzir custos, nem dá descontos quanto quiser.

Nota dos alunos: 

Nós alunos da Facape exigimos a redução da mensalidade, pois estamos sofrendo os efeitos econômicos e sociais da pandemia do Coronavírus . É fato que a Facape está com redução de despesas neste período, uma vez que as aulas ocorrem em plataformas digitais. Logo, nada pode ser mais justo que uma redução na mensalidade. Já conversamos com a diretoria e não houve resposta concreta até o presente momento. Passa para nós, inclusive, a sensação de que estão nos levando “no bico”. Exigimos respeito e redução! Diante da inércia e demora do poder público e demais responsáveis em apresentar medidas concretas, buscamos o auxílio das mídias sociais para exigir celeridade na resolução. Clamamos também o auxílio do prefeito Miguel Coelho, que já está em posse de um ofício enviado por nós (há 15 dias) clamando socorro e até o presente momento não recebemos atenção alguma. Senhor prefeito também exigimos respeito e atenção!”

Nota da Facape: 

A diretoria da Facape vem através de nota à imprensa, tornar mais uma vez públicos, o empenho e o compromisso com a educação do Vale do São Francisco em 43 nos anos de Instituição. Em meio à pandemia do coronavírus, reconhecendo as dificuldades de todos, os diretores trabalham incansavelmente para manter o atendimento ao aluno. Desde o início do isolamento, a faculdade montou um Comitê de Gerenciamento de Covid-19. A preocupação sempre foi preservar a saúde de alunos, professores e funcionários, e manter nossa modalidade pedagógica de ensino, que é o presencial, com aulas remotas, como tantas instituições estão fazendo. Investimos na capacitação do corpo docente, e mantemos um estreito contato dos colegiados com os estudantes. O calendário acadêmico foi adequado à situação emergencial para as 608 turmas da IES.

Na parte administrativa, implantamos o sistema de rodízio e reduzimos o número de funcionários. Estamos apenas mantendo o mínimo para o funcionamento do prédio e o atendimento ao público, que está acontecendo quase na totalidade pelo telefone e e-mail. Para dar segurança aos estudantes nesse novo momento, nos reunimos duas vezes com representantes do DCE, DA’s e outros movimentos estudantis do Campus, compartilhando as medidas que estavam sendo tomadas pela instituição. Na medida do possível, atendemos as reivindicações dos alunos, como a prorrogação do prazo de apresentação dos trabalhos de conclusão de curso, prorrogação do prazo do pagamento das mensalidades com descontos, e dispensamos juros e multas das mensalidades em atraso nos meses de março, abril e ainda para o mês de maio.

A solicitação de redução do valor da mensalidade foi compreendida pela Facape, que reconhece a dificuldade de todos. Mas a faculdade é regida pela lei da Autarquia Municipal, muito diferente de uma instituição privada de ensino. A Autarquia é parte da administração direta, e não pode, como uma faculdade particular, demitir professores e funcionários para reduzir custos, nem dá descontos quanto quiser. Os servidores são concursados. O desconto de mensalidade é uma prática difícil, porque é preciso indicar a substituição dessa receita, que é a fonte para o pagamento de funcionários. A inadimplência chegou a 60% em abril. Individualmente, cada aluno em dificuldade pode negociar com a faculdade. Mas coletivamente, não é possível, pela lei que rege a Autarquia, e porque a receita da Facape vem das mensalidades“.

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