Pernambuco registra diminuição de 12,8% na transmissão da sífilis da mãe para o bebê

O Dia Nacional de Combate à Sífilis é lembrado no terceiro sábado de outubro (17). Para reforçar a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento para evitar novas ocorrências dessa doença que tem cura, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) divulga o consolidado dos casos de 2019, no público geral, entre as gestantes e por transmissão vertical da sífilis (da mãe para o bebê durante a gestação, denominada sífilis congênita). Juntando os três tipos, foram 13.401 infecções diagnosticadas, um aumento de 3,5% em relação a 2018 (12.947).

Entre os dados epidemiológicos, chama a atenção a redução de 12,8% nos registros de sífilis congênita (1.652 em 2019 e 1.895 em 2018), apesar do aumento de 3,9% entre as gestantes (3.375 em 2019 e 3.248 em 2018), o que pode demonstrar que a descoberta durante a gravidez e o tratamento correto, feito com antibiótico (penicilina), podem evitar o adoecimento e sequelas irreversíveis na criança. “É indispensável que a pessoa gestante faça a testagem para as diversas IST, para que seja oferecido o tratamento adequado nos casos positivos. Em relação à sífilis, é preciso lembrar que as parcerias também precisam ser testadas e tratadas, para que não ocorra uma reinfecção na pessoa gestante e, consequentemente, a transmissão da bactéria ao bebê”, afirma a gerente do Programa Estadual de IST/Aids/HV da SES-PE, Camila Dantas.

De acordo com a Gerência de Atenção à Saúde da Mulher da SES-PE, a pessoa grávida deve fazer o teste para a sífilis no primeiro trimestre da gravidez ou na primeira consulta de pré-natal. Nos casos negativos, deve ser repetido no terceiro trimestre da gestação. Nos positivos, além do tratamento, é preciso que a equipe de saúde que acompanha a gestação faça o monitoramento mensal. Ratifica-se que, se não tratada, a doença pode provocar aborto, feto morto ou alterações irreversíveis na criança (óssea, oftalmológica, neurológica).

TESTE RÁPIDO – Outro fator para essa queda nos casos da sífilis congênita é a ampliação constante da disponibilidade de testes rápidos na rede de saúde. Quando se compara os anos de 2015 e 2019, observa-se um aumento de 276% na oferta desse tipo de exame (183.725 e 691.995, respectivamente), disponibilizado pelo Ministério da Saúde aos Estados para distribuição aos municípios. O teste pode ser feito em postos de saúde, Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Serviços de Assistência Especializada em HIV/Aids (SAE).

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