Pernambuco: Paulo Câmara indica uma mulher para comandar a Compesa

A alteração no comando da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), que já estava no radar do Palácio das Princesas, como a coluna antecipou no último dia 6, foi consolidada ontem. Para o lugar de Roberto Tavares, que presidia a Compesa desde 2011, o governador Paulo Câmara indicou a engenheira civil Manuela Marinho. Tavares, que é fazendário, será nomeado assessor especial do Secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha. Auditora da Fazenda da Paraíba, Manuela já estava cedida desde 2013, quando foi atuar na Secretaria da Fazenda, que tinha, à epoca, Paulo Câmara como titular. Quando Câmara foi eleito governador, Manuela passou a fazer parte da equipe de Felipe Carreras na Secretaria de Turismo, coordenando o principal programa da pasta, o Prodetur. Chegou a assumir o comando da secretaria como interina quando Carreras deixou a pasta e, agora, estava comandando a área de Transportes da Secretaria de Infraestrutura, que tem Fernandha Batista à frente.

Nos bastidores da administração Paulo Câmara, um desgaste na relação de Roberto Tavares com o núcleo duro do governo já era anotado há algum tempo, como a coluna registrara.

Para os secretários da gestão, o mal-estar não era mais surpresa. No debate da dança das cadeiras, o nome de Roberto Gusmão, da URB, chegou a ser cotado e, segundo auxiliares do governador observaram, remeteria à influência que o prefeito Geraldo Julio teria nessa equação. Desde que a mudança no comando da Compesa entrou no radar, governistas grifavam que a movimentação carregaria digitais de Geraldo Julio e de Antonio Figueira, da Assessoria Especial do governador.

Ainda como a coluna sublinhara, a saída de Roberto Tavares da Compesa coincide com o fim do mandato dele à frente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), missão que se encerrou em solenidade na semana passada, no último dia 30. Houve secretário da gestão, nas coxias, grifando o seguinte: “Se dependesse só de Paulo Câmara, talvez, Roberto Tavares não fosse submetido a essa dança das cadeiras”. Se o carro chefe do governo é a Educação, em volume de obras, o maior peso é atribuído à Compesa. Não à toa, parte considerável das agendas do governador Paulo Câmara no interior inclui inaugurações relacionadas à companhia.

A Compesa tem a seu favor: saldos de financiamentos a executar, capacidade de endividamento, de lançar títulos e de funcionar independente do tesouro do Estado. Ontem, um auxiliar do governador, à coluna, destacou que Manuela foi a “solução intermediária” em meio à tensão latente. (Folha PE).

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