Papa diz temer derramamento de sangue, mas rejeita se posicionar sobre crise na Venezuela

O papa Francisco disse temer um derramamento de sangue na Venezuela, mas que seria prematuro para ele tomar um dos lados porque isso poderia causar mais problemas.

Na semana passada, o líder da oposição e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se declarou presidente encarregado do país, confrontando abertamente o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.

EUA, Brasil e diversos países ao redor do mundo reconheceram a liderança de Guaidó, enquanto potências europeias deram um prazo de oito dias para que Maduro convoque eleições, do contrário reconhecerão o oposicionista como presidente interino. Maduro, no entanto, rejeitou o ultimato.

“Neste momento, apoio todo o povo venezuelano porque eles estão sofrendo”, afirmou a bordo do avião papal que o levou de volta ao Vaticano após visita ao Panamá. “Sofro pelo que está acontecendo na Venezuela.”

“O que é que me assusta? Derramamento de sangue”, afirmou. “O problema da violência me assusta. O derramamento de sangue não resolve nada.”

A bordo do avião, um jornalista do México instou o papa a se posicionar, dizendo que os venezuelanos “querem ouvir do seu papa latino-americano”. “Se eu disser ‘ouça a esses países’ ou ‘ouça a aqueles países’, me colocaria numa posição que desconheço, seria uma imprudência pastoral e eu causaria problemas”, afirmou Francisco.

Nos últimos anos, o Vaticano, bem como líderes europeus e latino-americanos, tentou mediar um diálogo entre Maduro e a oposição, mas a tentativa não prosperou. (FolhaPE)

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