Operação contra corrupção mira prefeito de Camaragibe (Pe); secretário é afastado por Edenevaldo Alves Postado em 26 de março de 2019 A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou a 25º Operação de Repressão Qualificada do ano, denominada ‘Harpalo’, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), na manhã desta terça-feira (26). Até o momento, o secretário de obras da prefeitura de Camaragibe foi afastado do cargo. Dentre os investigados está o atual prefeito do município, Demóstenes Meira (PTB). A operação tem o objetivo de prender integrantes de uma organização criminosa, envolvidos nos crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A ação da polícia, vinculada à Diretoria Integrada Especializada (Diresp), sob presidência da delegada Jéssica Ramos, está sendo cumprida em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, no interior do estado e no Rio Grande do Norte. As investigações começaram em dezembro de 2018. Durante a operação estão sendo cumpridos dois mandados de medida protetiva, 11 mandados de busca e apreensão domiciliar, duas suspensões de atividades empresariais e um afastamento cautelar. Duas medidas protetivas foram decretadas a favor de duas testemunhas, de forma que as 11 pessoas investigadas não podem se aproximar dessas duas pessoas. Demóstenes Meira e o secretário de obras são uma das pessoas que não podem chegar perto das testemunhas. Duas empresas no ramo de construção civil tiveram as atividades suspensas. Desfecho da operação A investigação foi iniciada com o intuito de apurar um processo licitatório, que no entendimento do TCE excedeu o valor real da licitação. Os valores ainda não foram divulgados. Documentos, mídias e uma BMW foram apreendidos e levados à sede do Draco. Os crimes que envolvem à prefeitura de Camaragibe são os de fraude, peculato, crime organizado, desvio de dinheiro público, sendo todos esses associados à gestão atual do prefeito Demóstenes e seus auxiliares. Cerca de 90 policiais civis, delegados, Agentes, escrivães e dois auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) foram empenhados na operação. A operação recebeu o nome de ‘Harpalo’ em associação à Demóstenes, um orador e político da cidade de Atenas, na Grécia Antiga, que cometeu suborno e foi pego em casos de corrupção. A Polícia Civil contará os detalhes da operação em coletiva nesta quarta (27).(Folha PE).