Movimentos sociais do PSB pedem processo contra deputados infiéis por Edenevaldo Alves Postado em 1 de maio de 2017 Os segmentos sociais do PSB (Juventude, LGBT, Sindical, Mulheres e Movimento Popular) divulgaram uma nota conjunta em que defendem a imediata destituição da líder do partido na Câmara Federal Tereza Cristina (MS) e a abertura de processo de administrativo dos deputados que votaram favoravelmente na Reforma Trabalhista, na última quarta-feira (26). Esse processo pode levar à expulsão dos parlamentares. A possibilidade de o pedido de expulsão feito por parte dos movimentos sociais do partido já vinha sendo cogitado desde a última quinta-feira (27). No PSB, não há a exclusão sumária do deputado que se posicionou contra o partido, como fez o PDT com Carlos Eduardo Cadoca, na semana passada. Dos seis deputados da bancada do PSB em Pernambuco, três votaram favoravelmente à Reforma Trabalhista e são, consequentemente, passíveis de expulsão: João Fernando Coutinho, Fernando Filho (que é ministro das Minas e Energia) e Marinaldo Rosendo. Eles lembram que a Executiva Nacional, “por ampla maioria”, se posicionou pela reprovação das reformas trabalhistas e previdenciárias. “Porém, menos de 24 horas depois da decisão tomada na sede do partido, a líder do PSB na Câmara, deputada Tereza Cristina – que estava presente à reunião – liberou a bancada do partido para votar contra a deliberação da Executiva Nacional em vários momentos, inclusive seu próprio voto”. Lembra que os deputados federais foram eleitos pelo PSB e, por isso, “têm a obrigação de prestar contas a sociedade sobre seu desempenho nos respectivos mandatos”. “Vamos empunhar a bandeira do nosso partido e dizer NÃO a essa decisão da Liderança que não nos representa. Não fugiremos à luta e não descansaremos até que o último deputado federal do PSB esteja convencido que representa o Partido Socialista Brasileiro ou, então, peça pra sair”, destaca o grupo, em trecho da nota.