Ministro da Saúde agora fala em fevereiro para início do plano de vacinação da Covid-19: “Para que essa ansiedade e essa angústia?”

Após apresentar o novo plano nacional de vacinação contra a covid-19 nesta quarta-feira (16), o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, mudou a previsão de data para início da implementação do plano de imunização: fevereiro de 2021. O ministro já havia falado em janeiro e também em março.

“Se nós conseguirmos manter o planejado do (Instituto) Butantan e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) de apresentar a fase 3 dos estudos e toda a documentação da fase 1 e 2 ainda em dezembro; e solicitar à Anvisa o registro, teremos janeiro para análise da Anvisa. Possivelmente em meados de fevereiro para frente, nós estejamos com as vacinas recebidas e registradas para iniciar o plano”, disse.

Apesar da previsão, o ministério continua sem dar datas claras para início da vacinação, como foi, inclusive, solicitado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. “Quando o STF nos pergunta sobre prazos, nós temos que condicionar à vacina registrada e entregue. O que vimos na pandemia: se vendeu muita ilusão quando se falava de compra de respiradores, equipamentos, estados e municipios com dificuldades, até hoje, de comprovar as suas ações, porque às vezes as coisas não se concretizam”, afirmou.

“Para que essa ansiedade e essa angústia?”, chegou a questionar Pazuello sobre a pressão por datas do plano de vacinação. “O povo brasileiro tem a capacidade de ter o maior programa de imunização do mundo. Somos os maiores fabricantes de vacina da América Latina. Para que essa ansiedade e essa angústia? Somos referência na América Latina e estamos trabalhando”, afirmou. Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, a covid-19 matou 182.799 pessoas no Brasil, sendo 964 apenas nas últimas 24 horas.

O ministro afirmou que após garantir o registro e segurança da vacina, garantida pela Anvisa, em cinco dias inicia-se a distribuição aos estados e, em seguida, os estados organizam a logística com os municípios. “Isso é muito rápido porque tudo isso está pronto. O ministério coloca o ‘se’. Não existe como não colocar o ‘se’. Não lidamos com a possibilidade. Só será concreto e, a partir daí, teremos a obrigação de cumprir prazos quando tivermos registrada a vacina e entregue. Até então, nós temos o ‘se’. E esse ‘se’ vai ganhando corpo, vai se fortalecendo com o passar dos dias e acompanhamento. Registrado e entregue em fevereiro, nós iniciamos no mais curto prazo”, pontuou.

Apesar do ministro indicar o início da campanha de vacinação para fevereiro, o plano divulgado pela pasta não fala em nenhuma data específica, apenas estima que os “grupos de maior risco para agravamento e de maior exposição ao vírus estariam vacinados ainda no primeiro semestre de 2021”.

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