Ministério Público recomenda suspensão de concurso da Polícia Civil da Bahia por ‘graves falhas’

O Ministério Público do Estado (MP-BA) recomendou a suspensão do concurso público da Polícia Civil da Bahia, devido à “ocorrência de irregularidades” e “graves falhas” na realização do processo seletivo.

A recomendação, assinada pelas promotoras Heliete Viana e Rita Tourinho, através do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa (Gepam), foi publicada no Diário Oficial de Justiça do estado nesta terça-feira (22).

O documento foi enviado pelo gabinete da procuradora-geral de Justiça, Ediene Lousado, e é endereçado ao titular da Secretaria da Administração do Estado (Saeb), Edelvino da Silva Góes Filho, e à Fundação Vunesp, que organizou o concurso.

As provas foram realizadas no último dia 22 de abril. Ao todo, os 48 mil candidatos concorrem a mil vagas: 880 para investigador, 82 para delegado e 38 para escrivão. O maior número de inscritos foi para o cargo de investigador, com 35.036 candidatos – delegado (10.658) e escrivão (2.426) vêm logo em seguida.

Segundo o MP-BA, as irregularidades incluem o uso de celulares para fotografar o momento de aplicação da prova; ausência de informação formal dos candidatos; retirada do gabarito antes do término do tempo estabelecido para a realização da prova; deficiências na aplicação e fiscalização, além de descumprimento da proibição de o candidato levar consigo o caderno de prova após a finalização do tempo regular.

Ainda em abril, o MP-BA recebeu denúncias das irregularidades – nas redes sociais, candidatos chegaram a apontar que alguns participantes tiveram acesso ao gabarito.

“Considerando que a primeira notícia de fato veio instruída com cópias de fotografias de eventos ocorridos durante a aplicação das provas objetiva e discursiva, bem como reproduções de conversas do aplicativo WhatsApp de candidatos inscritos no certame e registros nas redes sociais que revelam indícios de ocorrência das irregularidades apontadas”, dizem as promotoras, na recomendação.

Ainda segundo a promotoria, houve “graves falhas” na atuação da equipe responsável por aplicar os testes. O objetivo da recomendação, portanto, é de que a suspensão ocorra até que as irregularidades sejam apuradas ou esclarecidas. Além disso, o órgão solicita que a Saeb e a Vunesp adotem as providências legais pertinentes.

Governador pediu investigação e analisará cancelamento

Durante uma cerimônia de entrega de 461 viaturas à Polícia Militar, na manhã desta terça-feira, no pátio da Governadoria, no CAB, o governador Rui Costa afirmou que já tinha solicitado que o procurador-geral do estado, Paulo Moreno, assim como a Saeb, investigassem as denúncias que circulavam em redes sociais.

Ele afirmou que pretende convidar as promotoras que assinam a recomendação para saber se há elementos concretos.  (Correio).

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