Hospital Universitário realizou mais de 80 mil atendimentos e 5 mil cirurgias em 2017 e problemas são ainda maiores

O Hospital da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf) divulgou os dados estatísticos e resultados alcançados durante o ano de 2017.

Apesar de ser um hospital de pequeno porte, com apenas 129 leitos de internamento, os números do HU-Univasf impressionam pela sua alta produção. Ano passado foram realizados mais de 80 mil atendimentos. O hospital executou uma média de 430 cirurgias por mês, totalizando 5.202 procedimentos, sendo 2.653 ortopédicos. O número de exames laboratoriais e de imagens somados ultrapassou 225 mil.

Os números são o reflexo do trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo de dos três anos, desde que o contrato de gestão foi celebrado entre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Univasf. “Estamos muito satisfeitos com o trabalho desenvolvido por essa parceria. Conseguimos, ao longo do tempo, qualificar a gestão e fazer os investimentos necessários para oferecer um atendimento de maior qualidade, e temos buscado, cada vez mais, integrar o interesse da população com o interesse acadêmico da universidade”, afirmou o vice-reitor da Univasf, Télio Leite.

Ao longo do período de gestão da Ebserh foram investidos R$ 123 milhões, aplicados na melhoria da infraestrutura física e na modernização do parque tecnológico do hospital com a aquisição de diversos aparelhos importantes para a realização das cirurgias e exames.

Outra importante conquista alcançada em 2017 foi a inauguração da Policlínica, dispondo de 22 consultórios, três salas de cirurgias para procedimentos de baixa complexidade, laboratórios, além de ambulatório para curativos e posto de coleta de sangue. A população passou a ter mais conforto e acesso a consultas ambulatoriais em mais de 20 especialidades médicas.

Desafios e expectativas para os próximos anos

De maneira geral, existem muitos desafios a serem superados dentro do sistema público de saúde do país, e quando uma unidade é a única referência para atendimentos de média e alta complexidade para uma população de aproximadamente 2 milhões de habitantes, os entraves são ainda maiores.

No entanto, para o superintendente do HU-Univasf, Ronald Mendes, as expectativas são muito positivas. O gestor apontou as principais metas a serem alcançadas em 2018 e nos próximos anos. “Precisamos ampliar a estrutura física do hospital para aumentar a quantidade de leitos. Também queremos oferecer atendimentos em mais especialidades como cardiologia, por exemplo, que é uma demanda da sociedade”.

O superintendente ainda comentou sobre o trabalho que a gestão do HU-Univasf faz, em parceria com os Ministérios Públicos dos estados de Pernambuco e Bahia, no sentido de alertar os 53 municípios, que integram a Rede PEBA, sobre as suas responsabilidades dentro da rede de atenção à saúde. “Procuramos passar para os municípios qual é o papel deles e qual é o do HU, quais são de fato as nossas responsabilidades enquanto hospital de nível terciário. Ainda assim, vários atendimentos que realizamos poderiam ter sido resolvidos ou prevenidos na atenção básica, mas não foram, e consequentemente os pacientes já nos chegam em condições mais críticas”, disse.

Outro importante desafio para o ano de 2018 é o início do processo para obtenção da certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA). A ONA tem como objetivo promover um processo constante de avaliação e aprimoramento nos serviços de saúde para melhorar a qualidade da assistência no Brasil e estabelece modelos seguidos pelos melhores hospitais públicos e privados.

Fechado para comentários

Veja também

Coluna Literária do Domingo

Lá vai São Francisco pelo caminho de pé descalço. Tão pobrezinho, dormindo à noite junto a…