Governo de Pernambuco realiza reunião em Petrolina para adequar o decreto de criação do Refúgio Tatu-Bola às solicitações dos agricultores da região

Tatu-bola

Em atendimento á solicitação de representantes da sociedade civil dos municípios de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina, onde está localizada a mais nova Unidade de Conservação (UC) de Caatinga do Estado, o Refúgio da Vida Silvestre Tatu-Bola, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) realiza, na próxima sexta-feira (13), às 9h , uma reunião no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina. Participam do encontro o Secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, o Executivo da pasta, Carlos André Cavalcanti, o Gerente Geral de Desenvolvimento Sustentável da Semas, Paulo Teixeira, técnicos da Semas e CPRH e lideranças dos movimentos ligados aos trabalhadores rurais da região.

A Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre Tatu-bola foi criada em março de 2015 pelo Decreto Estadual nº 41.546, sendo a maior área de proteção integral de Caatinga do Estado, com extensão de 110 mil hectares. O Refúgio representa um marco na preservação da biodiversidade, possibilitando a existência de propriedades privadas e viabilizando o desenvolvimento de modernas praticas agroecológicas a partir de capacitação e apoio técnico aos produtores locais. A área se caracteriza pela presença do bioma caatinga, um patrimônio biológico que não é encontrado em nenhum lugar do mundo além do Nordeste e cuja proteção necessita ser ampliada para atenuar os efeitos de secas mais intensas, previstas com o aquecimento global. “Estudos e projeções indicam que propriedades rurais em área com matas e nascentes preservadas terão valorização crescente, já que garantem retenção de água, equilíbrio climático, polinização, captura de carbono e prevenção contra desertificação”, destaca o secretário Sérgio Xavier.

Em 2007, o Ministério do Meio Ambiente classificou a região do sertão do São Francisco como “área de importância biológica muito alta”, devido a grande riqueza da flora e da fauna para a manutenção dos processos ecológicos das caatingas, tendo como principal recomendação “a criação de unidades de conservação de proteção integral”.

Em julho, a Semas junto com a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária criaram um Grupo de Trabalho(GT) para propor as adequações, associando às necessidades socioeconômicas locais e às determinações do decreto que criou a UC. O GT foi formado por representantes de 25 instituições, entre técnicos, pesquisadores e representantes da sociedade civil e do poder público municipal, Estadual e federal. Entre elas: prefeituras, universidades, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), os conselhos de desenvolvimento sustentável, conselhos de meio ambiente e as câmaras municipais dos três municípios que abrangem a unidade, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sindicato dos trabalhadores rurais da região, entre outras.

O Gerente Geral de Desenvolvimento Sustentável da Semas, Paulo Teixeira, afirma que a reunião discutirá a inclusão de um artigo ao decreto, visando garantir as atividades desenvolvidas pelas pessoas que moram no perímetro do Refúgio. “Nós queremos garantir a preservação do meio ambiente, principalmente do bioma Caatinga, e garantir a sobrevivência dos agricultores que têm o sustento das suas famílias com atividades produtivas na região. Queremos aplicar o termo sustentabilidade na prática, mantendo o equilíbrio do desenvolvimento ambiental, social e econômico”, afirma Paulo.

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