‘Fui vítima de bandidos que saquearam o País’, diz Temer

Minutos depois do pronunciamento que fez sobre a crise que atinge seu governo, Michel Temer reafirmou sua recusa em renunciar à Presidência, se disse vítima de “armação”, negou que tenha participado de um plano para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha e disse estranhar que a delação da JBS, que o atingiu, tenha sido selada “no momento em que a economia começa a se recuperar”.

“Fui vítima de bandidos que saquearam o País nos governos passados e não obtiveram acesso ao nosso. E negociaram um acordo pelo qual querem sair impunes!”, afirmou o presidente na entrevista, por telefone.

O presidente disse estar convencido da capacidade de rearticulação política do governo e deu sua versão para o encontro que teve com Joesley Batista, da JBS, em março – que foi gravado e entregue ao Ministério Público Federal, o que desencadeou a delação do grupo. “Esse sujeito me ligou seguidamente, ao longo de vários dias, me pedindo para ser recebido”, afirmou o presidente.

Segundo ele, a segurança da Presidência vive repreendendo-o por “atender o celular”. “Eu tenho o hábito, que a segurança do Planalto vive reclamando, de atender o celular, responder mensagem. É um mau hábito pela liturgia do cargo, mas que eu adquiri da experiência parlamentar”, disse.

Segundo ele, depois de muita insistência por parte de Joesley, ele concordou em recebê-lo no Palácio do Jaburu. Questionado sobre o horário tardio da conversa, Temer disse que a razão foi o fato de que, anteriormente, ele compareceu à festa de aniversário da carreira do jornalista Ricardo Noblat. “Disse a ele: estou na festa do Noblat. Se quiser, passa mais tarde no Jaburu. E ele concordou.” (AE).

1 Comentário

  1. Hercules

    22 de maio de 2017 em 09:15

    Ele falando que os outros são bandidos! É muita cara de pau.

Veja também

Petrolina vence o Sergipe no jogo deste sábado 

O Petrolina venceu a partida contra o Sergipe (1 a 0) neste sábado (18), no estádio Batist…