Diretores e estudantes de Petrolina participam de encontro com a Vara da Infância e juventude

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Gestores e alunos de 150 escolas municipais e estaduais de Petrolina estiveram, na manhã desta quinta-feira (29), no auditório do Fórum de Justiça, no Centro, para uma reunião com o juiz da Vara da Infância e Juventude, Marcos Bacelar. O encontro faz parte do projeto ‘Educação com Justiça e segurança’, que busca prevenir e diminuir a violência nas unidades escolares. O secretário de Educação, cel. Heitor Leite, foi um dos convidados.

Quando o programa começou, em 2013, o órgão do judiciário registrou 170 casos de violência envolvendo estudantes. Este ano, o número até agora é cerca de 1.400 fatos levados ao conhecimento da Justiça pelas escolas. O aumento é considerado positivo pelos organizadores. De acordo com a chefe do núcleo psicossocial da Vara da Infância, Andrea Alcântara, quando os gestores escolares levam os incidentes em sala para os coordenadores, ações de conscientização podem ser desenvolvidas. “Nós podemos fazer uma capacitação com os gestores, professores, e então trabalhar a prevenção da violência, vulnerabilidade e outros temas com os alunos envolvidos”, diz.

Segundo a Vara da Infância e Juventude, também em 2013, foram registrados 440 atos infracionais graves. No ano passado, tomaram conhecimento de 340 e, em 2015, esperam outra diminuição nos casos de violência física envolvendo menores de idade. Para o advogado da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase/ Case), Willizart Bezerra, essa diminuição é fruto da parceria que os órgãos públicos da cidade assumiram e a maior participação dos familiares na vida escolar do aluno. “Vamos trazer a família, o conselho, todos para perto da gente”, falou o advogado os diretores no auditório.

Na abertura da reunião, Marcos Bacelar ressaltou a importância que os gestores têm em gerenciar crises nas escolas. Lembrou que eles devem se encorajar a tomar as medidas necessárias para evitar casos de violência. “Procurar os familiares, buscar a participação deles na resolução do problema e até da Justiça para que o nada disso persista e diminua”.

Seguindo a mesma linha de raciocínio do magistrado, o secretário municipal de Educação, cel. Heitor Leite, iterou a função de mediador que o gestor de escola tem com os estudantes, embora, quando necessário, devam agir corretivamente. “Em uma situação que o diretor necessite atuar, seja procurando a ação dos pais, seja a intervenção do poder público, ele não pode achar que não vai dar em nada. Agir no começo é uma medida preventiva”, conclui.

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