Comissão do Senado aprova liberação da pílula do câncer sem registro na Anvisa

pilula

A liberação do uso da fosfoetanolamina sintética, que ficou conhecida como pílula contra o câncer, antes mesmo do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi aprovada hoje (17) em reunião extraordinária da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Como já foi aprovada no plenário da Câmara dos Deputados, no último dia 8, a proposta (PLC 3/16) segue agora com pedido de urgência, para a última votação no plenário do Senado.

Para o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), relator do texto na CAS, os relatos de regressão e cura do câncer pelo uso da fosfoetanolamina justificam a aprovação do projeto. “Trata-se de resposta terapêutica espetacular, quando comparada a qualquer medicamento antineoplásico disponível no mercado brasileiro e mundial. A fosfoetanolamina será um alento para milhares de famílias”, afirmou Gurgacz.

Ontem (16) o relator já havia lido seu voto favorável à proposta, mas o texto não foi votado por causa de um pedido de mais tempo para analisar a matéria apresentado pelo líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE). O presidente da comissão, Edison Lobão (PMDB-MA), concedeu prazo de 24 horas ao parlamentar, que apresentou um voto em separado contrário ao texto.

Costa teme a liberação da substância sem a realização de testes que comprovem sua eficácia e segurança. O parlamentar argumenta que é papel da Anvisa, e não do Congresso, autorizar a produção e o uso de medicamentos. “A Anvisa é hoje uma das instituições de regulação de produtos ligados à saúde mais respeitadas do mundo. Além do problema de segurança do consumo de medicamentos, [a liberação da fosfoetanolamina] será uma sinalização negativa de que é o Congresso [e não a agência] que aprova ou reprova a produção de medicamentos.”

O texto determina que, para ter acesso ao medicamento antes do registro pela Anvisa, os pacientes diagnosticados com câncer precisarão assinar termo de consentimento e responsabilidade. A opção pelo uso voluntário da fosfoetanolamina sintética não exclui o direito de acesso a outros tipos de tratamento. (EBC).

1 Comentário

  1. Pedro

    18 de março de 2016 em 07:46

    Não existe pior efeito colateral do que a inevitável morte de uma pessoa com essa doença…ESTE REMÉDIO É UMA TENTATIVA PRA QUEM JÁ NÃO TEM ESPERANÇA ALGUMA! FINALMENTE UMA AÇÃO DE CORAGEM E HUMANISMO DOS PARLAMENTARES… ACREDITO NO SUCESSO DO MEDICAMENTO E ENTENDO QUE OS CONTRÁRIOS AO SEU USO QUEREM CONTUNUAR TIRAMDO PROVEITO FINANCEIRO DAS FAMÍLIAS … HUMBERTO COSTA CERTAMENTE TÁ GANHANDO ALGO DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA PRA SER CONTRÁRIO À LEI… A FINAL, QUAL O PREJUÍZO QUE O DOENTE DE CÂNCER PODERIA TER EM FAZER USO DESTE MEDICAMENTO!? PRINCIPALMENTE AQUELES QUE JÁ TIVERAM A SENTENÇA DE MORTE DADA PELOS MÉDICOS!? 1 ANO…2 ANOS… X ANOS DE VIDA!?!?

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