Caso Beatriz: Advogado e família se posicionam após declaração do Secretário de Defesa de Pernambuco

Os pais de Beatriz, advogados e família se posicionaram aos argumentos do Secretário da Defesa Social de Pernambuco, Humberto Freire, que disse: ” Não nos cabe opinar sobre a federalização do caso, então não temos ou podemos opinar sobre isso. Já quanto à colaboração de um ente privado americano em uma investigação policial, não há respaldo na lei processual brasileira. Não podemos dar esse acesso a uma entidade privada”. Confira a nota:

A PGR tem a prerrogativa de representar junto ao Superior Tribunal de Justiça pelo IDC – Incidente de Deslocamento de Competência, ou seja, a feferalizacao do inquérito de homicídio quando se prova a incapacidade do estado-membro, no caso, Pernambuco, de dar resolução à investigação. O que se pede ao governador é o cumprimento de sua palavra em apoio à federalização e lembrá-lo de que quando Lucinha Mota lhe apresentou denuncias de que o chefe das perícias de homicídio do estado de Pernambuco atuou no caso como perito oficial e ao mesmo tempo através de serviços particulares e da empresa da qual é sócio cotista , afrontando a legislação e o princípio da moralidade administrativa, o governador reagiu dizendo tratar-se de uma denúncia muito grave que comportaria não apenas demissão, mas prisão é que se Lucinha oferecesse elementos consistentes e razoáveis de prova que a ajudaria a federalizar o caso, reconhecendo, portanto, que a polícia civil não tinha condição de resolver o caso, considerando também todo o contexto da investigação eivada de suspeitas , já que se o chefe das perícias estava envolvido com a escola das Freiras, tudo que vinha sendo produzido no inquérito estava sob suspeição. Então, o que se quer é que no pedido de federalizaçao haja um opinativo favorável do governo do estado, ou que o mesmo não oponha resistência.

Quanto à cooperação internacional de peritos norte americanos vale lembrar que se trata de um apoio técnico, que visa a incorporação de tecnologias para a resolução do caso . Vale lembrar que o inquérito de Beatriz já contou com serviços de empresa privada , a BOT, que fez a recuperação de fragmentos de imagens do suspeito, serviço esse financiado pelo colégio das Freiras que deveria estar sendo investigado por obstrução de justiça, em face das diversas situações questionadas de manipulações da cena do crime e indícios de participação de funcionários no crime e na ocultação do cadáver. O então delegado pediu dinheiro à escola para contratar esses serviços a essa empresa sediada em Belo Horizonte, o que é incompatível com os procedimentos que deveriam ser utilizados.

Vale lembrar, por último, que a empresa americana já tem em seu curriculum consultorias e treinamentos prestados a polícias civis no Brasil, bem como à Polícia Federal.

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