Camaragibe (PE): MPPE oferece denúncia contra 12 PM’s por chacina que deixou seis mortos da mesma família

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) anunciou, nesta quinta-feira (7), que oficializou o envio de uma denúncia que acusa 12 policiais militares de participarem da chacina do Caso Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.

O documento foi oficializado por meio do representante titular da 1ª Promotoria de  Justiça Criminal de Camaragibe, bem como dos promotores designados pelo Controle Externo do Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE) para o caso.

A lista de denunciados é composta pelos seguintes nomes: 

  • Fábio Roberto Rufino da Silva;
  • Marcos Túlio Gonçalves Martins Pacheco;
  • João Thiago Aureliano Pedrosa Soares;
  • Paulo Henrique Ferreira Dias;
  • Leilane Barbosa Albuquerque;
  • Emanuel de Souza Rocha Júnior;
  • Dorival Alves Cabral Filho;
  • Fábio Júnior de Oliveira Borba;
  • Diego Galdino Gomes;
  • Janecleia Izabel Barbosa da Silva;
  • Eduardo de Araújo Silva;
  • Cesar Augusto da Silva Roseno.

Os policiais militares são acusados de terem participado dos homicídios de Amerson Juliano da Silva, Agata Ayanne da Silva e Apuynã Lucas da Silva.

De acordo com a denúncia, o grupo de agentes públicos teria assassinado as vítimas a tiros, por motivo torpe de vingança e em uma emboscada sem chance de defesa.

Os crimes aconteceram um dia depois que um confronto entre policiais e um irmão das vítimas, Alex da Silva Barbosa, conhecido como Alex Samurai, resultou em dois PMs mortos.

Segundo o MPPE, na sequência dos fatos, “diversos policiais se deslocaram até Tabatinga, sob o comando, instrução e monitoramento de oficiais da Polícia Militar, onde iniciaram uma caçada a Alex e a parentes deste, com claro intuito homicida, em vingança pela morte dos colegas”.

Além dos três irmãos, também foram mortos Maria José Pereira da Silva e Maria Nathália Campelo do Nascimento, mãe e esposa de Alex, respectivamente. De acordo com o MPPE, o duplo homicídio é objeto de outro inquérito.

O caso também deixou mais uma pessoa morta. Baleada na cabeça durante a busca dos policiais por Alex, a jovem Ana Letícia, que estava grávida de sete meses no momento em que foi atingida, morreu cerca de um mês após o fato. Em coma, a adolescente deu à luz a uma menina, que nasceu prematura.

Outro adolescente, de 14 anos, também foi baleado na cabeça pelos policiais.

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