Brasil termina 2019 com desafio de frear avanço do HIV entre jovens

Os jovens de 20 e 34 anos são maioria entre os casos de infecção por HIV que ocorreram desde o ano de 2007 até junho de 2019: correspondem a 52,7% dos 300.496 infectados no período, segundo o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde – 17.873 são do primeiro semestre deste ano.

O infectologista Jamal Suleiman, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, diz que o quadro pode ser explicado por alguns fatores, dentre eles uma vida sexual mais ativa, a vulgarização da aids entre os jovens e a dificuldade de se comunicar com eles.

“Os jovens têm mais parceiros sexuais e entre eles existe uma ideia de que ter aids não é um problema. Mas isso não é verdade, a aids se tornou uma doença crônica, mas é grave e exige medicação a vida toda”, destaca.

Ele também ressalta que a doença já não é mais pautada pela imprensa como antigamente. “Mas a educação sexual precisa ser um ato contínuo porque as gerações se sucedem e elas são distintas, cada uma tem sua necessidade”, analisa.

“Além disso, de maneira geral, eles não gostam de ler. Então, precisamos disseminar informação de maneira rápida e curta, coisa que não é simples se tratando de HIV”, completa o especialista.

No final de novembro, o Ministério da Saúde estimou que 135 mil brasileiros vivem com HIV sem saber.Mais de 300 mil casos de infecção por HIV foram notificados no ministério de 2007 até junho de 2018. A maioria deles veio das regiões sudeste e sul. Mas é preciso analisar esses dados com cautela e considerar a desigualdade que existe no Brasil. (R7).

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