Bate-chapa: PSB e o caminho para um novo racha

Após sinalizar apoio a recondução do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes (PSB), o governador Paulo Câmara (PSB) vê a possibilidade de um bate chapa na eleição do novo diretório estadual da sigla, com a pretensão do prefeito do Paulista, Junior Matuto (PSB), de se lançar na disputa. O administrador municipal conta com o apoio do grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) e de uma ala de insatisfeitos com a atual administração do Estado. Em contrapartida, o chefe do Executivo trabalha para evitar o bate-chapa e construir o consenso. Caberá ao governador evitar um racha na legenda em véspera das eleições de 2018.

Nos bastidores, a leitura é que o lançamento da candidatura seria uma estratégia do grupo de Bezerra Coelho para dividir a legenda e fragilizar o governador Paulo Câmara. Historicamente, a escolha do presidente estadual coube aos governadores do Estado. Foi assim com Miguel Arraes e Eduardo Campos, quando estiveram à frente do Palácio das Princesas. O movimento também dividiria o partido para a eleição nacional já que o PSB de Pernambuco é o de maior peso na escolha do novo comandante da maior instância da legenda. No pleito, Bezerra apoia o nome do vice-governador de São Paulo, Márcio França. “Esse movimento visa a queda-de-braço nacional. Os delegados do Congresso Nacional são eleitos aqui e o maior eleitor na escolha do novo presidente do PSB é Pernambuco. Dividir aqui é interessante para eles lá”, avalia uma fonte do PSB estadual em reserva.

Junior Matuto nega que sua candidatura seja instrumento para desgastar o governador ou que esteja à serviço de alguma liderança. Segundo ele, há um sentimento de mudança na legenda. O gestor disse que procurará o governador nos próximos dias para tratar da sua pretensão. “Sou um soldado do partido. Se o governador me chamar para conversar, eu vou atender, mas deixarei bem clara a insatisfação com o partido. Vou conversar com Paulo Câmara. Vai ficar nas mãos deles. Se ele não me pedir para recuar, vou continuar me viabilizando. Paulo é líder do Estado, mas não vou esperar ele dizer, vou me viabilizar junto das pessoas que apoiam nossa candidatura. Gestão eu tenho, história, militância e serviços ao PSB”, avaliou.

Inicialmente, houve resistência quanto a recondução de Sileno Guedes para o posto. Os deputados estaduais se queixam da pretensão do dirigente para lançar uma candidatura à Assembleia Legislativa em 2018. No entanto, teria sido firmado um acordo para que ele deixasse de lado a postulação em nome da sua recondução ao posto. (Folha PE).

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