Batalhão que vereadora assassinada denunciou foi responsável por 112 homicídios em 2017

Quatro dias antes de ser assassinada brutalmente, a quinta vereadora mais votada da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSol), denunciou a atuação violenta da Polícia Militar dentro do estado. O caso levantou o debate sobre uma possível relação da corporação no crime. Observatório da Intervenção, criado pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, cobrou posição das forças policiais para afastar a suspeita de um envolvimento militar.
A coordenadora do Observatório, Sílvia Ramos, caracterizou o crime como “assassinato político”. “A PM precisa dar respostas imediatas, que façam cessar suspeitas sobre atuação de seus policiais”, escreveu. Marielle havia assumido, no último dia 28, a relatoria de uma comissão criada na Câmara Municipal para acompanhar a intervenção federal no Rio. Em 10 de março, ela postou nas redes sociais uma crítica aos militares: “O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio está aterrorizando e violentando moradores de Acari”. Conhecido como Batalhão da Morte, o 41º BPM é responsável por 112 assassinatos decorridos de supostos confrontos com a polícia em 2017, e somente em janeiro de 2018, já foram registradas nove ocorrências.
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