Bahia lidera ranking em internações causadas por fogos na última década

O mês de junho é o período do ano em que mais se faz uso de fogos de artifício. E o manuseio inadequado pode provocar fortes queimaduras e prejudicar vidas. Em um estudo, realizado pelo Conselho Federal de Medicina, foi revelado que a Bahia lidera o maior número de casos de internação provocados pelos fogos ao longo dos últimos 10 anos no país.

Foram registrados 1.037 internações, sendo 2014 o período com mais acidentes, com um total de 104. Em avaliação por cidade, Salvador está no topo. Foram registradas 686 internações ao longo da década.

No Brasil, foram feitas mais de 5 mil internações por queimaduras com este material. O estudo foi feito em parceria com sociedades brasileiras de Cirurgia da Mão (SBCM) e de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

O ranking, apresentado na última segunda-feira, 4, registrou 218 mortes por acidente com fogos de artifício nos últimos 21 anos. Na lista, o Nordeste fica em segundo lugar, abaixo do Sudeste, com um total de 75 óbitos. O Conselho Federal de Medicina ainda afirma que maioria dos registros foi feita no período de junho.

Mais de 5 mil internações

Segundo informações do Sistema de Informação Hospitalar (SIM), foram feitas 5.063 internações nos últimos 10 anos por causa de acidentes com fogos de artifício no Brasil.

Ainda segundo os dados, em 2010, foi registrado o maior número de acidentes. Na época, o país sediou a Copa do Mundo e, segundo a análise, pode ter sido o motivo para o aumento de casos nesse sentido.

Ainda segundo o Conselho de Medicina, a maioria dos acidentados é homem, correspondendo a 83% dos casos. As mulheres representam 17%.

Crianças e adolescentes

O conselho também recomenda que as crianças e adolescentes não façam manuseio dos fogos de artifício, já que 39% dessas internações envolviam pessoas entre 0 e 19 anos. Adultos entre 20 e 49 anos faziam parte dos 46% dos registros deste período.

Caso ocorra o acidente com fogos de artifício, deve-se lavar o ferimento com água corrente e evitar tocar na lesão, segundo especialistas. Também é orientado evitar passar substâncias na área queimada e buscar ajuda médica em um posto de saúde. (A Tarde).

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