Após vítimas serem agredidas, leitores questionam forma de abordagem da polícia durante o Carnaval de Juazeiro

Que a tranquilidade e a paz deve existir durante o carnaval, isso é fato, e a polícia vem fazendo a sua parte para garantir a segurança no circuito da folia em Juazeiro.

Acontece que, alguns leitores do Blog questionaram a forma com que alguns policiais militares abordaram as pessoas na rua e em muitas vezes, para evitar confusões e brigas. Mas até àquelas que não praticaram a desordem, acabaram pagando por algo que não fizeram.

Uma leitora do Blog que não quis ser identificada, encontrou nossa reportagem na Avenida Adolfo Viana, principal Polo da festa e relatou: “Vi pessoas sendo levadas sem terem praticado nada. Estavam em uma confusão e acabou sobrando para elas, que apenas passaram na hora”, relatou.

Outra leitora que veio da Zona Rural de Petrolina para curtir o evento, diz que levou uma pancada no braço, que causou um hematoma.

“Não só eu, mas várias pessoas apanharam na cabeça durante a passagem dos trios com maior aglomerações de pessoas, que se agitam e no calor da emoção estão no meio do tumulto. Eu mesma fui atingida por um cassetete no braço e estava na calçada, mas outros sem fazerem nada são atingidos e passaram sangrando por onde eu estava”, disse a leitora.

No sábado, publicamos uma denúncia de caso de violência policial ocorrida no dia 10 de fevereiro (sexta-feira) no primeiro dia de Carnaval antecipado da cidade, com a família de Neide Tomaz, ex-presidente do Compir e servidora municipal.

Segundo o teor da denúncia,  Neide, acompanhada pelo marido e os filhos (3) assistiam ao Carnaval nas proximidades da rua 28 de setembro, quando viram policiais agredindo um jovem. Ao intervirem tentando interromper a violência, os PMs mudaram o alvo e passaram a agredir Neide e todos os seus familiares. Inclusive, seu marido, Edesio Antonio dos Santos que foi detido e liberado depois da uma hora da madrugada do dia 11, de acordo com o que foi repassado pela família.

Diante da denúncia, o coronel Nascimento informou que daria novas instruções à tropa e recomendou que as vítimas também registrassem a queixa na Corregedoria da PM e que as medidas sobre os casos serão tomadas.