Em resposta a Gilmar Mendes, Fachin pede adiamento e julgamento de suspeição de Moro

Após decisão do ministro Gilmar Mendes de pautar o julgamento sobre a suspeição de Sérgio Moro nos processos da Lava Jato na 2ª turma do STF para esta terça-feira (9), o ministro Edson Fachin, pediu aos integrantes do colegiado que adiem o julgamento para que o plenário decida se o caso perdeu objeto depois da decisão monocrática tomada por ele na tarde desta segunda (8). Fachin pediu, ainda, que o caso seja enviado para o presidente do STF, Luiz Fux, pode que a divergência seja resolvida.

O novo movimento de Fachin demonstra a disputa interna no Supremo entre a ala simpática à Lava Jato e os chamados ministros garantistas, críticos à operação, como é o caso declarado de Gilmar Mendes.

Entenda o caso

Nesta segunda (8), após anular as condenações de Lula em razão da falta de competência da Lava Jato sobre os processos, Fachin declarou que a suspeição de Moro tinha perdido o objeto e não precisava mais ser julgado, em decisão que procurou blindar o ex-juiz de um possível julgamento na Segunda Turma.

Na Segunda Turma, por sua vez, Gilmar Mendes havia pedido vista e segurava o julgamento há meses, mas decidiu devolver um dia após a decisão monocrática de Edson Fachin. Com esse novo movimento, Fachin coloca Fux dentro da estratégia para preservar a Lava-Jato. O presidente da corte terá que avaliar se o processo de suspeição poderá ainda ser julgado. Mesmo com a possibilidade do presidente do STF acatar a tese de Fachin, o ministro Gilmar Mendes deve insistir na sessão da Segunda Turma pelo julgamento do caso.

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