1 ano sem Beatriz; Em entrevista, pais desabafam: “não vamos nos acostumar com isso nunca”

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Um ano em luta por justiça em um crime sem resposta. Os pais da garota Beatriz Angélica Sandro Romilton e Lucinha Mota, concederam entrevista ao Programa Edenevaldo Alves nesta sexta-feira (9) e relatam um pesadelo que jamais pensariam passar em família, na noite do dia 10 de dezembro de 2015.

“Nossa vontade era de sermos enterrados juntos com Beatriz, mas tinha muita força de vontade para continuar lutando, hoje eu não durmo, nunca imaginei passar por isso e não me conformo com o que está acontecendo. Estamos correndo atrás de provas e recentemente fomos à Brasília pedir o apoio do Ministro da Justiça”, revela Sandro.

Os pais reforçam a fragilidade e estrutura precária da Polícia Civil e o pedido de paciência dos órgãos responsáveis pela elucidação do crime. Lucinha Mota, Mãe de Beatriz disse que não é fácil conviver com essa realidade.

“Pedem paciência, mas as vezes é difícil, um monstro tirou a nossa vida. Eu acordo todos os dias sem o carinho da minha princesa, eu não vou me acostumar com isso nunca, enquanto eu for viva não vou me acostumar, mas sou do tipo de mãe controladora, e fiz uma promessa a Deus que vou lutar todos os dias para fazer justiça, pra mim não existe dificuldade, mas para a polícia sim, friso que será uma vergonha para o estado de pernambuco, se esse caso não for elucidado”, desabafa.

Detalhes do crime e a relação com o Colégio Auxiliadora

Durante a entrevista, os pais de Beatriz pediram a instituição, local onde aconteceu o crime, o apoio para que participem das manifestações externas realizas pela família.

“Parem com essa ideia de proteger uma imagem, chegou a hora de arregaçar as mangas e não fazer manifestações internas. A escola não ajuda em nada, os médicos que nos amparam sim, a escola não. Agradecemos ao grupo Beatriz Clama por Justiça, os grupos religiosos, nossa família que nos confortam de todas as formas, apenas esses ofertam apoio”, frisam os pais.

O Blog teve acesso a informações que são endereçadas ao Pai de Beatriz, como por exemplo, pouco tempo após o crime brutal, o nome do professor constava no quadro do ano letivo de 2016 para dar início as atividades em sala de aula.

“Minha filha morreu numa quinta e depois a escola funcionou normalmente, meu nome fazia parte do quadro de professores, eu abalado teria que voltar a dar aula no início de janeiro de 2016, meu nome apareceu como se nada tivesse acontecendo, como se tudo estava bem. Recentemente lançamos cards com detalhes sobre o crime e nossa intenção, o alvo é alcançar o suspeito, não é atacar a instituição”, afirmou o pai de Beatriz.

Sala de Ballet foi reformada após o crime

Em um dos cartões da campanha lançada pela família, a sala de Ballet da instituição de ensino teria sido reformada após o crime, algo que ocasionou dúvidas.

“A sala do Ballet tem proximidade com a cena do crime, menos de 20 metros, fizeram essa reforma e pedimos ao Ministério Público para interditar a sala do Ballet. Soubemos que próximo ao bebedouro tinham tomado banho em uma sala perto do Ballet, outras pessoas diziam que em outros locais da instituição, haviam traços de limpeza feitos na noite do crime. O perito já afirmou que Beatriz não foi morta onde foi encontrada, foi um crime sinistro, descobrimos também sobre o sumiço de algumas chaves que uma outra pessoa conseguiu manipular, adulterar, tudo tem uma ligação”, complementa Sandro.

Tumulto na noite do crime e movimentação de funcionários registrada por câmera

“Por monitoramento, houve muita correria na noite do crime e relatos afirmam que funcionários, até mesmo da própria coordenação, algumas irmãs saem naquele dia, em fila indiana de maneira rápida”. (relata Sandro que o episódio ocorreu enquanto Lucinha Mota, mãe de Beatriz estava desesperada, caída ao chão, ao saber da morte da filha).

Muitos questionamentos e análises seguem sob sigilo da polícia. Os pais contam que sabem quais foram os erros cometidos até agora pelo Ministério Público, pela escola e pela forma que a polícia conduziu e acompanhou os fatos na noite do crime.

Pedido de Lucinha Mota

“Por favor, quem tem imagem, vídeo, da noite do crime que possa enviar para a polícia, a investigação depende disso, nós continuamos recebendo alguns dados, mas peço que a sociedade não adormeça”, encerra a entrevista Lucinha Mota.

 

1 Comentário

  1. aparecida

    11 de dezembro de 2016 em 13:00

    quero reforçar o pedido dos pais no sentido de fornecer qualquer tipo de informação,video para quem participou da festa. vamos derramar nossa raiva ou melhor transformar nossa indignação tentando e encontrando o assassino.

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