Reunião fecha acordo entre Petrobras e distribuidoras para solucionar desabastecimento de gás de cozinha em Pernambuco

Um acordo entre a Petrobras e as empresas distribuidoras de gás liquefeito de petróleo (GLP) que atuam em Pernambuco foi assegurado, nesta quinta-feira (14), na Sede de Promotorias de Justiça, após uma reunião convocada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para buscar solucionar o desabastecimento de gás de cozinha que acomete o Estado, trazendo muito transtorno à população.

Para o próximo domingo (17), foi agendado um bombeio simultâneo dos dutos de GLP da Petrobras, no Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros, o Porto de Suape, para tentar aumentar a velocidade de abastecimento e ainda suprir uma maior demanda do produto para as todas as distribuidoras que operam no porto: Nacional Gás, Liquigás, Ultragás, Copagaz e Supergás.

O bombeio, que é feito atualmente pela Transpetro, é realizado por dois dutos de fornecimento. Um é exclusivo da Nacional Gás, a maior das empresas, e o outro serve às demais, o que as leva a um revezamento e a menor eficiência de logística pelo gasto de tempo. Enquanto uma distribuidora abastece, as outras ficam ociosas à espera da sua vez. O teste foi programado para um domingo, pois é um dia em que não há envasamento e assim não traz riscos de prejudicar a operação que ocorre em dias comuns.

Se houver sucesso no novo procedimento, haverá mais agilidade e menos tempo perdido no bombeio, assim como um maior volume de GLP será fornecido às distribuidoras. Os representantes das empresas afirmaram que possuem um número satisfatório de botijões para um aumento de demanda e a Petrobras confirmou possuir GLP mais que suficiente para fornecer as quantias a mais que foram requisitadas. Inclusive, o representante da Petrobras, Marcelo Malta, informou que há dois navios da companhia no Porto de Suape com 80 mil toneladas do produto.

A Ultragás se comprometeu a receber uma cota adicional de 150 toneladas por dia, num total de 620 toneladas. A Nacional Gás pode receber 200 toneladas por dia a mais, num total de 630 mil toneladas. A Liquigás comentou que envasou 23 mil botijões me maio e que poderia aumentar a demanda em mais seis mil, o que corresponderia a 180 toneladas, somando um total de 400 toneladas por dia. A Supergas tem condições de envasar mais 150 toneladas por dia, perfazendo um total de 300 toneladas. A Copagaz por receber mais 100 toneladas, num total 300 toneladas.

“Tivemos uma reunião produtiva. Conseguimos um acordo que pode vir a solucionar o problema do desabastecimento de GLP em Pernambuco. É um passo importante para, ao menos, minimizar as dificuldades que a população vem sofrendo”, comentou a coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Defesa do Consumidor (Caop Consumidor), a promotora de Justiça Liliane Fonseca.

O promotor de Justiça Maviael Sousa, que também atua na Defesa do Consumidor, também considerou positivo o encontro. “Vários órgãos públicas e empresas privadas se reuniram para resolver a questão. Vamos torcer para que seja eficaz”, pontuou. Ele e os promotores de Justiça Solón da Silva Filho e Liliane Fonseca estão à frente dos procedimentos sobre a crise no abastecimento do GLP no Estado.

O secretário estadual de Justiça e Desenvolvimento, Pedro Eurico, lembrou que os meses de junho e julho são um período de grande consumo de gás, devido às festas juninas e às férias escolares. “Caso haja uma instabilidade devido ao problema de abastecimento, o Governo do Estado tomará medidas para resolver a situação”, garantiu. Ele citou casos de violência urbana, como furtos e saques a caminhões de gás de cozinha, assim como o sofrimento da população que se aglomera em grandes filas para comprar o produto, que chega a ser vendido a R$ 200,00 o botijão, um preço quase 150% a mais que o cobrado normalmente.

Também participaram da reunião o promotor de Justiça Sólon da Silva Filho; o procurador da República do Ministério Público Federal, Alfredo Gonzaga Falcão Júnior; o superintendente-adjunto de Regulação e Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Marcelo da Silva; Ailton Medeiros de Carvalho Lopes, José Alberto da Rocha, Gustavo Santos de Azevedo e Hecelina Ximenes Cavalcante, representando a Nacional Gás; Adriano Lima de Mesquita pela UltraGás; Gustavo Henrique Guedes Silva e Roberto P. dos S. Junior (SuperGás); Ricardo Belanger do Nascimento (Liquigás); Luiz Leandro de Oliveira Junho, Marcelo Rodrigues de Souza Brayner, Maria Andrade de Godoy Peixoto, Ana Beatriz Pollo Mendonça e Tatiana Botelho Lagoa de Aquino (Petrobras).

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