Prefeituras cobram agilidade no repasse de verbas federais

Pouco mais de uma semana depois de ter enfrentado o drama das fortes chuvas, a Mata Sul luta para sobreviver. É que, apesar de as águas terem baixado e o sol ter aparecido por boa parte do domingo (4), quando a região recebeu a visita do ministro da Defesa, Raul Jungmann, os custos para manter os municípios após as enchentes são, no momento, os maiores calos das gestões.

De acordo com as prefeituras de Palmares e Rio Formoso, os recursos federais ainda não chegaram ao caixa e o apoio, embora importante, segue concentrado nas ajudas humanitárias. Eles pedem agilidade no repasse dessas verbas para os municípios atingidos. A preocupação é com os desabrigados e com a restauração dos prédios públicos, como escolas e hospitais.

“Temos equipes de voluntários trabalhando, pessoas deslocadas para atender à população. Tudo custeado pelo município. O Governo do Estado está presente desde domingo, por meio da instalação do Comitê de crise e das equipes de saúde, da vigilância sanitária e dos carros-pipa, assim como o Governo Federal via hospital de campanha. Temos promessas (financeiras) de ambos, mas essa ajuda ainda não chegou”, disse a prefeita de Rio Formoso, Isabel Hacker, frisando estar gastando bastante com cestas básica e combustível para retirada das famílias das áreas de risco.

Isabel pontuou também alguns critérios divergentes do Cartão Reforma com a realidade atual dos afetados pela enchente. “Continua sendo os mesmos cem cartões já anunciados pela agenda federal e não contempla áreas de risco, sendo que essas são as que mais precisam. Como vou atender as comunidades ribeirinhas se o Programa não permite?”, questionou Isabel, antecipando que, esta semana, deve se reunir com os prefeitos das cidades atingidas para discutir a questão.

O Ministério das Cidades não foi localizado para responder aos questionamentos. A pasta ficou de repassar R$ 25 milhões, por meio da antecipação do Cartão Reforma. (Folha PE).

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