2 anos sem Beatriz: Domingo de clamor por justiça mobiliza Petrolina e Juazeiro

Chegamos há 2 anos da tragédia que abalou uma família inteira e a população do Vale do São Francisco. Mas, o mundo também colaborou. Quem não se lembra da campanha que ganhou países com a #SomosTodosBeatriz, com milhares de visualizações postadas no youtube.

Dois anos indo a Ministério Público, polícia, Recife, manifestos incansáveis, pois o gritar de amor pela garota Beatriz é ouvido até esta data, este domingo, e mesmo com chuva, onde milhares de pessoas pararam a Ponte Presidente Dutra, ouvia-se também uma dor de pais que são fortalecidos pelo apoio de amigos.

No dia 10 de dezembro, uma lembrança. Pais, demais familiares e amigos da garota Beatriz retornaram ao local do crime e realizaram protestos de revolta também em silêncio e de joelhos, com orações e gritos de justiça.

Detalhes do crime e a relação com o Colégio Auxiliadora

Em recente entrevista ao Blog, os pais de Beatriz pediram a instituição, local onde aconteceu o crime, o apoio para que participem das manifestações externas realizas pela família.

“Parem com essa ideia de proteger uma imagem, chegou a hora de arregaçar as mangas e não fazer manifestações internas. A escola não ajuda em nada, os médicos que nos amparam sim, a escola não. Agradecemos ao grupo Beatriz Clama por Justiça, os grupos religiosos, nossa família que nos confortam de todas as formas, apenas esses ofertam apoio”, frisam os pais.

O Blog teve acesso as informações que são endereçadas ao Pai de Beatriz, como por exemplo, pouco tempo após o crime brutal, o nome do professor constava no quadro do ano letivo de 2016 para dar início as atividades em sala de aula.

“Minha filha morreu numa quinta e depois a escola funcionou normalmente, meu nome fazia parte do quadro de professores, eu abalado teria que voltar a dar aula no início de janeiro de 2016, meu nome apareceu como se nada tivesse acontecendo, como se tudo estava bem. Recentemente lançamos cards com detalhes sobre o crime e nossa intenção, o alvo é alcançar o suspeito, não é atacar a instituição”, afirmou o pai de Beatriz.

Sala de Ballet foi reformada após o crime

Em um dos cartões da campanha lançada pela família, a sala de Ballet da instituição de ensino teria sido reformada após o crime, algo que ocasionou dúvidas.

“A sala do Ballet tem proximidade com a cena do crime, menos de 20 metros, fizeram essa reforma e pedimos ao Ministério Público para interditar a sala do Ballet. Soubemos que próximo ao bebedouro tinham tomado banho em uma sala perto do Ballet, outras pessoas diziam que em outros locais da instituição, haviam traços de limpeza feitos na noite do crime. O perito já afirmou que Beatriz não foi morta onde foi encontrada, foi um crime sinistro, descobrimos também sobre o sumiço de algumas chaves que uma outra pessoa conseguiu manipular, adulterar, tudo tem uma ligação”, complementa Sandro.

Tumulto na noite do crime e movimentação de funcionários registrada por câmera

“Por monitoramento, houve muita correria na noite do crime e relatos afirmam que funcionários, até mesmo da própria coordenação, algumas irmãs saem naquele dia, em fila indiana de maneira rápida”. (relata Sandro que o episódio ocorreu enquanto Lucinha Mota, mãe de Beatriz estava desesperada, caída ao chão, ao saber da morte da filha).

Muitos questionamentos e análises seguem sob sigilo da polícia. Os pais contam que sabem quais foram os erros cometidos até agora pelo Ministério Público, pela escola e pela forma que a polícia conduziu e acompanhou os fatos na noite do crime.

Confira algumas imagens do manifesto deste domingo (10):

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