Vereadores disparam contra Guarda Municipal e ambulante vai até a delegacia, mas não consegue fazer exame de corpo de delito

vendedor

O caso do vendedor ambulante Oswaldo Pereira Linhares, que foi agredido por guardas municipais na última sexta-feira (18), na solenidade de entrega das 900 unidades do programa habitacional  Minha Casa Minha Vida, quando vendia pipocas fora do evento. ganhou repercussão na noite dessa terça-feira (22), na Casa Plínio Amorim.

O episódio motivou o vereador Adalberto Bruno (PSL), a entrar com um requerimento na sessão  pedindo o afastamento dos guardas municipais que participaram da ação.

“A gente está pedindo que se puna quem cometeu esse ato covarde, queremos o afastamento desses guardas até que se apure o fato, estamos com um projeto em análise para disciplinar o uso de arma da guarda municipal, porque não tem uma lei que discipline, tem muita gente boa, mas tem muito deles que são despreparados”, disparou Betão.

O vereador Pérsio Antunes (PMDB) foi ainda mais longe e alfinetou os guardas municipais chamando-os de “desordeiros”. O parlamentar denunciou os guardas por não terem feito corpo delito. “A ordem pública se tornou uma desordem pública, nem se quer levantaram a roupa para saber é grave demais, não mandaram ele fazer o  exame”, disse.

O agredido Oswaldo Pereira Linhares, estava presente na sessão de ontem e  relata que havia muitos outros vendedores no local, porém só ele foi alvo da agressão. “Eles me agrediram, me jogaram no chão, jogaram spray de pimenta nos meus olhos, me deram choque”.

Os guardas municipais alegaram que o local não era apropriado para vender, mas para o vendedor, os guardas não gostam do quem trabalha no centro, já que ele trabalha de segunda à sexta. “Acho que eles tem raiva de quem trabalha no centro, eles sempre agridem pessoas que trabalham nas calçadas”, contou.

Sobre as declarações diante do fato com o secretário de Ordem Pública Jenivaldo Santos, de que o ambulante também teria provocado o uso de força contra a guarda municipal, o vendedor negou que teria agredido a equipe durante o evento.

“Eu tenho provas, eu não agredi guarda nenhum quem sofreu agressões foi a minha pessoa, somente”, disse.

Ambulante ainda não fez exame de corpo de delito

O vereador Cancão disparou ainda mais ao descobrir que o ambulante  foi até a delegacia de Polícia Civil, mas não conseguiu fazer o exame de corpo e delito

“Só pode ter alguma coisa por trás disso, não pode em cidadão ser agredido e não fazer o exame de corpo de delito, há mita coisa por trás disso e nós vamos descobrir”, disse.

 

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