Varíola do macaco: presença do vírus nos testículos de primatas reforça tese de transmissão sexual por Redação Postado em 18 de outubro de 2022 foto: ilustrativa Assim como os humanos, primatas também são vítimas do vírus Monkeypox, causador da varíola do macaco. E foi nesses animais que cientistas do USAMRIID (Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosas do Exército) dos EUA encontraram o vírus nos testículos, o que reforça a possibilidade já aventada no surto atual de que a transmissão pode ocorrer também por relações sexuais. O artigo foi publicado na segunda-feira (17) na revista científica Nature Microbiology. Em comunicado, o autor sênior do estudo, Xiankun (Kevin) Zeng, explica os achados. “Nós detectamos o vírus da varíola do macaco em células intersticiais e túbulos seminíferos dos testículos, bem como no lúmen do epidídimo, que são os locais de produção e maturação de espermatozoides.” Em junho e julho, pesquisadores da Itália e da Espanha já haviam detectado o DNA do vírus Monkeypox no sêmen de pacientes infectados. A OMS (Organização Mundial da Saúde) chegou a admitir a possibilidade de infecção pelo sexo. Tradicionalmente, sabe-se que a transmissão ocorre pelo contato da pele com lesões de alguém infectado e também de mucosas. “A compreensão da biologia da infecção dos testículos por varíola do macaco e da eliminação do vírus no sêmen tem implicações substanciais para a saúde pública”, afirmam os pesquisadores. Por precaução, autoridades sanitárias recomendam que homens infectados pelo vírus Monkeypox utilizem preservativo nas relações sexuais de dois a três meses após estarem curados. (R7)