Uma família tendo que trabalhar escondido como se fossem traficantes, enquanto traficantes vendem drogas em escolas

Democracia brasileira da prosperidade

Precisava comprar umas conexões e argamassa mas, devido o feriado na Bahia, ia sair de Juazeiro pra comprar em Petrolina (só dois minutos de ponte e já é Pernambuco).

No caminho, vi a porta de uma loja de material de construções onde sempre compro, entreaberta.
Parei, desci do carro, botei a cabeça pra dentro da loja, vi o dono (que já conhecia) e…
Bom, o resto é o diálogo abaixo:

– Oi? Estão funcionando?
– Bom dia! Mais ou menos.
– Porque?
– Hoje é feriado e não posso funcionar. Mas eu atendo o senhor.
– Bom, preciso de umas luvas, uma barra de tubo de 3/4 e 3 sacos de argamassa.

Depois de atendido e pago perguntei:

– Quem está trabalhando além de você?
– Minha filha no caixa e meu filho no depósito.
– Mesmo assim não poderiam abrir? Só com a família trabalhando?
– Não! Tem um acordo coletivo de antes de eu abrir a loja. Se a fiscalização nos pega, é multa e podem até nos fechar.

Triste, saí da loja pensativo…
Trabalhar não pode.
Depender cada vez mais do estado pode.
Quem vai pagar a conta?

E você? Pensaria o que?

Emerson Castro

Empresário

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