“Toda pressão tem controle”, afirma cardiologista da UPAE no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

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A data de 26 de abril (Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial) é lembrada com precaução pelos profissionais de saúde, pois, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a doença atinge entre 25 e 30% da população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos. A hipertensão também é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25 % dos casos de insuficiência renal terminal no país.
 
Mesmo com o cenário alarmante, o cardiologista Helder Kester, da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE), diz que é possível manter a pressão arterial sob controle. Para isso, é preciso que a população mantenha uma alimentação saudável, pratique exercícios físicos, conserve uma rotina de acompanhamento médico especializado e tome a medicação prescrita de forma adequada. “A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença crônica, e por isso não tem cura, tem controle. Com os cuidados certos é possível sim manter a pressão estável. Dessa forma, o paciente pode ter uma melhor qualidade de vida e ainda consegue evitar outras complicações, como uma possível chance de Infarto Agudo do Miocárdio [ataque cardíaco] ou AVC [Acidente Vascular Cerebral], por exemplo”, explica.
A hipertensão pode ser causada por predisposição hereditária, excesso de peso, estresse, sedentarismo, consumo exagerado de álcool ou sal, entre outros. É diagnosticada quando o paciente apresenta, de forma sistemática, uma pressão arterial igual ou superior a 14 por 9. O grande problema da doença é que ela, geralmente, não apresenta sintomas, por isso é importante medir a pressão com frequência e procurar um médico, caso ela atinja o valor citado – orientam os especialistas. Os principais sintomas da hipertensão são: dor de cabeça, dor na nuca, tonturas, enjoos e falta de ar.
De acordo com o médico Helder Kester, é preciso atenção especial ao tratamento. Normalmente, a hipertensão é controlada com medicamentos hipotensores, porém muitos pacientes não os administram da forma correta. Estudos apontam que apenas 19,6% dos hipertensos fazem o controle adequado, ou seja, 80% não tomam medicamentos hipotensores ou o fazem de maneira incorreta. “O médico deve orientar bem o paciente, prestando todos os esclarecimentos necessários. O medicamento deve ser indicado de acordo com o perfil do usuário, respeitando a individualidade de cada organismo. Lembrando-se de evitar sempre a automedicação. Também é importante ressaltar que toda medicação tem efeitos colaterais, por isso, é imprescindível que o paciente faça consultas e exames periódicos a fim de analisar a função renal e o colesterol, entre outros fatores. Só assim o médico poderá observar se o paciente está respondendo bem à medicação”, pontua. 
 
“O hipertenso pode conviver bem com a doença. Porém, se esta não for controlada os órgãos alvos podem ser atingidos, como coração, rins e olhos. Nesse caso, as sequelas podem comprometer a qualidade de vida do indivíduo. Portanto, é de extrema importância o acompanhamento profissional”, acrescenta Dr. Helder. Sobre o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, o cardiologista garante ser de extrema importância: “As mobilizações se fazem necessárias para que a população esteja sempre bem informada e atenta”. Por mês, na UPAE, são disponibilizadas em torno de 1 mil consultas à população. A Unidade dispõe de 4 cardiologistas e a marcação é feita via Gerência Regional de Saúde (8ª Geres).
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